Um gênio ou uma anta
Carlos Osório é gringo, o que no Brasil lhe dá um crédito de boa vontade de 120%. Fosse Osório de Taubaté e se chamasse Tião, estaria demitido e seria chacota da mídia há algum tempo.
Mas sendo colombiano e tendo que bancar a tese de que “treinadores de fora salvarão nosso futebol”, muita gente dá a ele o crédito que, talvez, ele até mereça. Pena que os nossos novatos não mereçam quando são brasileiros.
As decisões de Osório não deixam espaço para um meio termo. Ou ele é um gênio, ou uma anta. Longe do convencional, mas ainda da modernidade, um Tião qualquer não faria preleção com chinelos e nem mandaria bilhete pra jogadores impunemente pela mídia.
Osório ainda está sob a redoma de ser gringo e, portanto, aos olhos de todo brasileiro, ser melhor que nós.
Eu gosto da idéia dele de que futebol se joga pra frente. Gosto muito. Mas essa coisa de mudar o time o tempo todo e inventar posições absurdas pra jogadores me soa como uma tentativa de ser genial.
Ele quer mudar o mundo e é um direito dele tentar. O problema é que as vezes demora e na maioria das vezes não dá tempo.
Ainda não sei o que acho sobre Osório. Sei que não vai ficar no meio termo. Ou vou achá-lo um gênio ou uma anta muito em breve.
Hoje, tá mais pra anta. Mas ainda tenho fé que ele saiba mesmo o que está fazendo.
abs,
RicaPerrone