Um hospício chamado Conmebol
O futebol sulamericano é a maior vítima da globalização e da facilidade de informação. Quanto mais fácil algo se torna mundial, mais difícil pro regional se manter forte. O futebol europeu através de suas 5 ou 6 máquinas de massacrar adversários hoje toma o espaço de todos os “fãs” do esporte no planeta.
O que temos na América do Sul para competirmos com uma economia 200 vezes mais sólida e absolutamente impossível de alcançarmos? A cultura, a nossa maneira, a paixão, a dose cavalar de loucura pelo clube e não pelo esporte.
Então a Conmebol é alvo de polêmicas com corrupção e etc. Muda-se aos poucos e vão trocando ladrões por profissionais formatos na puta que pariu mas que de futebol não entendem nada.
É nítido. Quase gritante. São donos de cervejarias que não bebem. É impossível! Você quer fomentar algo em alguém que você não conhece e nunca sentiu em si mesmo.
A Conmebol proibiu a festa. Era um diferencial. Enfiou os protocolos, era outro. Nos deu a lista ridícula ao lado multando clubes por festa, papel picado, etc. Acabou com nossa tradição para copiar modelos culturalmente inviáveis. Para dizer que estão no caminho de quem deu certo.
E quem disse que pastelaria vendendo sushi dá certo?
Não somos europeus. E vocês não são torcedores. Logo, não é muito difícil entender porque estupram nossa paixão por futebol e esvaziam o produto.
Anunciam a impossível, bizarra e sem nexo “final única” em campo neutro. Espantosamente os clubes da América do Sul se calam, idem para as confederações. Talvez por rabo preso. Talvez por mera covardia.
Em seguida anunciam Copa América com “convidados”. É o campeonato carioca com Corinthians. É a estupidez fundamental do não entendimento do evento.
Trata-se da Copa América. Se fosse mundial era Copa do Mundo. Não vai rolar vaga pra nós na Eurocopa, meus caros. O papel de vocês hoje é ser o otário da turma.
A administração que zomba do produto, que claramente o desconhece, que não tem qualquer credibilidade e ainda por cima é intransigente quanto a seus “novos valores”.
Ninguém pediu pra mudar os valores do futebol sulamericano. Nem impedir pedras em escanteios vocês tem a dignidade de conseguir, mas a bandeira no estádio, essa sim, tem que inspecionar.
Se o futebol sulamericano hoje sofre com o mercado globalizado é muito mais por incompetência da Conmebol do que por falta de atrativo. O problema é que o dono do produto não sabe o que o produto tem de melhor.
Não tem como vender.
abs,
RicaPerrone