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Um Inter campeão desmonta teses

O Inter está na semifinal. São, portanto, 3 jogos para um título sem igual. E essa possibilidade de conquista assusta muita gente pelas teses jogadas de um viaduto numa noite de penaltis no Beira-Rio.

O tal do processo existe. Mas no futebol ele não garante absolutamente nada. O fator humano no futebol é muito mais relevante do que qualquer gestão ou tese. Basta um time de camisa, um choque com treinador, um reforço, um jogo épico e pronto. O cenário de fracasso beira o sucesso absoluto.

É óbvio que o Brasil por exemplo fez um processo melhor do que a Argentina pra Copa. Só que um jogador, 5 penaltis e um gol perdido pela França aos 120 da prorrogação nos fazem ter que buscar novas teses pra explicar os fatos sem invalidar o que tanto repetimos por meses.

Os fatos são mais faceis que as teses. O Inter tem camisa, jogador de desequilibrio e encontrou confiança pra chegar. Chegou. E agora se tudo der certo as receitas de bolo todas irão pro lixo.

Merece? Ué? Não é porque não planejou o trajeto que não mirou o destino.

Claro que o Inter não imaginou trocar treinador, viver crise, contratar esse ou aquele e que fulano ou beltrano não vingariam. Nem poderia prever um jogo contra o River que mudasse o ambiente todo.

Mas quem tenta planejar tudo no futebol é um imbecil insistente. O futebol é a prova dia após dia que você não controla o seu entorno.

O Inter pode chegar, sim. E tenho dito há meses no meu canal que por pior que seja a fase não se menospreza time grande. O risco de ter que explicar o “inexplicável” é pavoroso no final.

E o erro é achar ou vender a idéia de que o futebol é explicavel.

Os méritos de quem vence nem sempre são os da cartilha do vencedor. Porque coach só ganha dinheiro explicando o que ele não conseguiu fazer na pratica, caso contrário estava rico com o feito e não com a tese.

O Inter é enorme. E time grande não precisa de porques pra ser campeão.

RicaPerrone

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