A frase é o que grita a torcida em uma de suas músicas mais cantadas nos estádios. Talvez ela não diga exatamente o que pensa o torcedor naquele momento, talvez seja apenas uma música de jogo. Mas hoje, véspera de decisão, é tudo que desejo ver.
Com medo de engolir palavras, a mídia diminuiu a euforia de afirmar que o Barcelona enfiaria 5 em qualquer time brasileiro. Mas todos sabem que o esperado é a derrota. Seja por 1, seja por 4.
Eu não a espero. Mas a lógica e a maioria esperam. Se o Barcelona é o tal “um dos melhores times de todos os tempos”, ele tem que ganhar do Santos que não faz uma grande partida há alguns meses.
Se o Messi é o melhor do mundo, deve resolver pra cima de Dracena e Durval. E se metade do que dizem sobre o futebol europeu é fato, o Santos vai pra lá quase como zebra.
Mas não é. Nunca será.
Eu vejo um jogo de iguais, com duas defesas comuns enfrentando ataques acima da média. Um jogo, em tese, pra agredir.
Alguns exploram o ponto fraco adversário, outros tentam corrigir o seu lado fraco. Eis a divisão simples de ousadia e covardia no futebol.
Guardiola é ousado, Muricy covarde.
Eu não tenho dúvida que o espanhol não mudaria sua formação para tentar parar o Santos. Muricy, também sem dúvida, já mudou a forma do Peixe jogar pra tentar parar o Barcelona.
Pode funcionar, é futebol. Mas não acho o mais inteligente.
Perder por 2×0 assistindo o Barça tocar a bola é mediocre. É óbvio, é comum demais.
O gigante peita, vai pra cima e, se derrotado, é com a dignidade de ter tentado.
Toma 4×2, mas não toma 2×0 sem chutar no gol.
Na hora de medir forças os gigantes fazem uso das espadas muito mais do que dos escudos. É hora de ir pra cima, dane-se o que dizem do Barcelona.
Ali tem alguns craques, mas tá cheio de pereba se fazendo em cima do conjunto. Explore-os!
Agrida! Drible! Ouse!
Eles não sabem o que é ser agredido. Eles não levam olé, eles dão. Ao tomar, serão surpreendidos.
Comece o jogo dando um chapéu. Faça uma firula, irrite-os.
Não recue. Dê risada do Iniesta quando tomar a bola dele.
Entrem em campo sorrindo, não tremendo.
Dizem que o Santos “morre amanha”, e se acontecer, normal.
Mas se é pra morrer, morra atirando, não correndo.
abs,
RicaPerrone