Valeu? Valeu.
Aos berros de “Luis Fabianooooo!” já entrei e sai do Morumbi algumas vezes na vida. Especialmente na primeira passagem, quando ele era uma promessa e ainda não tinha cansado minha paciência.
Luis era um talento acima da média. Um cara pra fazer história.
A cobrança sobre ele nunca foi, e nem deveria ser, como um jogador comum. Foi pelo valorizado ídolo precoce que se tornou, pelas cifras que movimentou e pelo que tinha potencial de ser.
Luis Fabiano é um gol nos pontos corridos. Vale, mas você nunca saberá quanto exatamente.
O ídolo que não ganhou quase nada, o cara que esteve a frente dos momentos mais melancólicos do clube e com parcela nisso, afinal, juizo nunca foi seu forte.
Fez muitos e muitos gols, embora a piada diga que foram “inúteis”, sabemos que não foram.
Deixa o clube com números expressivos, mas com seu último toque na bola para eternizar a síntese do que foi sua carreira no Sao Paulo.
Aos 47 do segundo tempo ele recebe na área sozinho pra virar o jogo e devolver o G4 pro São Paulo. Decide, Luis! Decide…
Pra fora.
Ele havia feito um gol já. E esse é o melhor quadro para defini-lo. Luis é útil, grande jogador, mas não conseguiu jamais colocar a cereja no bolo. Sempre que foi cobrado como “o cara”, falhou. E muitas vezes prejudicando o clube com expulsões estúpidas como aliás, no seu maior título pelo clube, a Sulamericana de 2012, onde suspenso ele não estava em campo.
Aos 35 anos é um vencedor. Tá rico, fez história, gols, dinheiro e fama. Mas o Luis Fabiano que imaginamos ver jamais foi visto. O que não significa que o que vimos seja ruim.
Boa sorte. E sim, valeu.
abs,
RicaPerrone