Vila Isabel 2012
E o Arlindo Cruz, autor do samba do Império Serrano, levou também na Vila Isabel. Não que surpreenda, afinal, é gênio.
Sobre Angola, com lembranças ao Martinho, embaixador da música brasileira no país africano, a parceria tem um bom samba, que se torna ainda melhor com Wander Pires cantando.
Aliás, ele conserta até o samba da Rosas de Ouro se precisar.
Tá bom, exagerei. Ninguém conserta aquilo…
Compositores: Evandro Bocão, Arlindo Cruz, André Diniz, Leonel e Artur das Ferragens
VIBRA ÓH MINHA VILA
A SUA ALMA TEM NEGRA VOCAÇÃO
SOMOS A PURA RAIZ DO SAMBA
BATE MEU PEITO À SUA PULSAÇÃO
INCORPORA OUTRA VEZ KIZOMBA E SEGUE NA MISSÃO
TAMBOR AFRICANO ECOANDO, SOLO FEITICEIRO
NA COR DA PELE, O NEGRO
FOGO AOS OLHOS QUE INVADEM,
PRA QUEM É DE LÁ
FORJA O ORGULHO, CHAMA PRA LUTAR
REINA GINGA Ê MATAMBA VEM VER A LUA DE LUANDA NOS GUIAR
REINA GINGA Ê MATAMBA NEGRA DE ZAMBI, SUA TERRA É SEU ALTAR
SOMOS CULTURA QUE EMBARCA
NAVIO NEGREIRO, CORRENTES DA ESCRAVIDÃO
TEMOS O SANGUE DE ANGOLA
CORRENDO NA VEIA, LUTA E LIBERTAÇÃO
A SAGA DE ANCESTRAIS
QUE POR AQUI PERPETUOU
A FÉ, OS RITUAIS, UM ELO DE AMOR
PELOS TERREIROS (DANÇA, JONGO, CAPOEIRA)
NASCI O SAMBA (AO SABOR DE UM CHORINHO)
TIA CIATA EMBALOU
COM BRAÇOS DE VIOLÕES E CAVAQUINHOS A TOCAR
NESSE CORTEJO (A HERANÇA VERDADEIRA)
A NOSSA VILA (AGRADECE COM CARINHO)
VIVA O POVO DE ANGOLA E O NEGRO REI MARTINHO
SEMBA DE LÁ, QUE EU SAMBO DE CÁ
JÁ CLAREOU O DIA DE PAZ
VAI RESSOAR O CANTO LIVRE
NOS MEUS TAMBORES, O SONHO VIVE