Muricy tem sua especialidade que é vencer sem jogar futebol. Contra o Cruzeiro, lá, em crise, sem Rogério e Luis Fabiano, era o prato cheio para aplicar sua metodologia em busca de uma bola achada no contra-ataque.
Não achou. O Cruzeiro sim. Quis a história, a sorte, as camisas e o Willian que aquela bola decisiva não entrasse.
Não entrou.
Se entra, com o time recuado daquele jeito e tendo que ir pra cima, as chances do SPFC eram mínimas de virar a partida.
Foda-se o “se”.
Por algum motivo ainda não identificado pelo ser humano quando fardado um homem carrega mais do que sua personalidade, mas também assume a história da farda em questão.
Cruzeirenses não podem olhar para a farda tricolor. É histórico, incrível, injustificável.
Mas é.
Com o ferrolho de Muricy, o pé torto de Willian, a história ficou mais fácil de confirmar mais uma página comum. Em pleno Mineirão, no dia que tudo deu errado e todos venceram, o SPFC conquistou seus melhores 3 pontos no campeonato.
Pontos são todos iguais. Menos estes.
São no líder, lá, no invicto, no imbatível. No campeão, eu diria. E deixa o Tricolor a 3 pontos do rival Corinthians a 4 dias de enfrenta-lo.
Não existe jogo de 6 pontos. Mas que as vezes 3 pontos valem mais do que 3 pontos, isso vale.
O Cruzeiro? Segue o enterro… Na guerra em que ele disputa, todos já estão mortos.
abs,
RicaPerrone