5 minutos do Rei (Costa do Marfim 2×1 Japão)
Sabri Lamouchi. Este francês de 42 anos e nenhuma representatividade no que faz, estreante em Copas, e ainda em seu primeiro emprego como treinador, se aproximou das trevas neste sábado a noite.
Ao escalar a Costa do Marfim sem Drogba, foi autor do primeiro atentado terrorista em terras brasileiras. Foi além de todas as aceitáveis possibilidades táticas que o futebol já criou para barrar não apenas o melhor jogador do time e da história do seu país, como também o dono do time.
Drogba é uma lenda.
O sujeito que deu volta olímpica antes de classificar o time pra Copa, perdeu o jogo, saiu prometendo que voltaria com a vaga do jogo impossível contra Camarões lá e o fez.
Ele não é o Pelé da Costa do Marfim. É muito mais do que isso.
Se Sabri desconfiou que poderia comandar a seleção dos Elefantes, se enganou. Entendeu por mal que só quem pode conduzir a manada é seu líder Drogba.
Ele não fez os gols. Mas entrou e em 5 minutos o time virou o jogo. Porque se movimenta, lidera, passa confiança e marra. Algo fundamental a qualquer grupo vencedor.
O Japão promete um futebol mais competitivo desde 1994. Cansei de ouvir, é sempre a mesma coisa. Tem 2 ou 3 acima da média e um time disciplinado ao ponto de ser acéfalo. Treinados para não errar, mas que não ousam para acertar.
Tinha que dar Costa do Marfim. Mas tinha que ser com Drogba.
abs,
RicaPerrone