Um time sério
Parece que Felipão procurava um time disposto a correr o tempo todo, não se iludir com a camisa que veste e não acreditar nos fantasmas que a imprensa cria.
Encontrou.
Amistoso contra a Coréia, lá, vale sim. É um tipo de jogo, é um país que vem fazendo boas campanhas e enfrenta-los é uma forma de testar a seleção contra um futebol rápido e aplicado, que fatalmente encontraremos pela frente na Copa.
Se não funcionava porque eram iludidos garotos mimados se divertindo de amarelo, hoje funciona porque levam a sério.
Aplicados, determinados, buscando e se cobrando o tempo todo. A seleção do Felipão é um sucesso incontestável até aqui. Aliás, a troca de treinador funcionou, mesmo que seja duro engolir o “passo atrás”.
“Retrocesso”. Ja ouviu isso? Ta na moda. Toda vez que alguém busca uma solução antiga pra um problema atual dizem que estão voltando no tempo, como se isso fosse um “passo atrás”.
E pode até ser. Mas na beira do precipicio, dê um passo a frente pra ver o que acontece…
Felipão é o cara certo na hora certa. E seu time entendeu.
Jogamos, de novo, sério, com inteligência, enorme controle do jogo e vencemos com o talento dos nossos fora de série.
Agora vem a Zâmbia, piadinha pronta pra mídia que só fala em seleção quando ela está em crise.
Mas como informação, vale dizer que a Zâmbia é a campeã africana e acaba de ganhar de Camarões, Nigéria e Costa do Marfim. Seleções que se fossem o próximo adversário da seleção, ninguém faria piada.
Estamos no caminho certo. E não, isso não me dá medo.
O tal tabu de só ganharmos quando desacreditados é mais uma daquelas lendas pra lá de verdadeiras que adoraríamos dizer que é mentira.
E vamos. Em julho de 2014.
abs,
RicaPerrone