Quando tudo faz sentido
É claro que profissionais querem seus salários. Natural de todo ser humano estar mais ou menos motivado e determinado quando cumprem com ele o combinado.
Não acho anormal um “acerto” de dívida mudar um rumo. Ao contrário, hipocrisia as favas, o dinheiro move quase tudo na vida. Jogadores, como você e eu, trabalham por ele. E o merecem.
A troca de treinador pode ter mudado uma peça na formação do Flu, claramente mais ofensiva e dentro da lógica de um time que tem qualidade na frente. Eu só vi o Cristovão jogar contra Horizonte e Figueirense em casa, logo, não sei se ele vai achar Jean e Diguinho suficientes para um Cruzeiro em Minas, por exemplo.
Por enquanto, ótima idéia de usar o time mais ofensivo. Funcionou, e mais do que isso, hoje o Fluminense fez tudo valer a pena.
Do goleiro ao centroavante, todos correram muito em busca de algo mais do que ganhar o jogo. Porque? Ora, me parece um tanto quanto simples imaginar que 35 mil pessoas fazem você ter bem mais vontade de buscar um terceiro gol do que quando 6 mil gatos pingados te pedem o magro 1×0 sagrado de todo dia.
10 reais. É isso que vale a estréia do Brasileirão que na verdade nem sabemos se vai continuar contra um time fraco em casa, na primeira de 38 longas rodadas sem final.
O público respondeu mais uma vez a questão do “não vale nada”. Vale, desde que dentro do aceitável, vale.
E este, valia entre 10 e 20. Casa cheia, muita festa, muitos gols, um grande futebol.
O primeiro gol do Flu no Brasileirão foi qualquer coisa de espetacular. Brasileiríssimo! O último, também.
E quando o jogo termina e a torcida do Fluminense aplaude o Diguinho é porque viveu uma noite muito especial. Hoje, o aplaudiu.
abs,
RicaPerrone