Recado dado; missão cumprida
De todos os grandes que “conquistaram” a volta a série A, não me lembro de uma reação tão inteligente quanto a da torcida do Vasco neste sábado.
Claro que haveria aplausos com 3×0. Não sou tolo de achar que foram lá com essa intenção. Mas não tendo motivos, podendo escolher, optaram pelas vaias de alívio e não os aplausos pelo mínimo necessário.
O Vasco não conquistou nada. Fez a sua obrigação e de forma burocrática, mal feita, nas coxas. Vascaínos tem muito mais noção do tamanho do clube que torcem do que o time e a diretoria. Por isso os lembraram aos berros, já na série A, que não achavam aquilo suficiente.
Encheram um Maracanã e fizeram todo barulho de um time de série A que disputa título. Mas com o passar do tempo os fatos foram sobrepondo a paixão e o Icasa quase virou a partida.
Assisti ao jogo do lado do Eurico Miranda, que me disse: “Eu não queria voltar. Mas precisou”.
E o curioso é que por mais que eu deteste a idéia dele estar lá novamente, o conceito de “precisar” não é infiel aos fatos. Como os quase 60 mil que lá estavam, o sentimento é de resgate, não de festa.
E é importante que seja.
Missão cumprida. O fórmula 1 está no podium numa corrida de Stock Car. É o mínimo do mínimo, mas é o que precisava.
Ao menos o vascaíno conseguiu conter a paixão e dizer pra esse time que o considera “sem vergonha”. E pelos nomes que tem e os resultados que tiveram, sim, eles tem razão.
abs,
RicaPerrone