Fim
Era 2002, último ano que o futebol brasileiro teria um campeão que ganhava do vice. Chegava a “Era homeopática”, onde ser regular virava mais importante do que ser brilhante.
Em maio daquele ano o Santos tinha um time mediocre. Sem dinheiro, sem um treinador competente e sem perspectiva, apostou “no que dava”. Dali vieram Elano, Robinho, Diego, Renato e um time que, diria eu, foi o último campeão brasileiro que fez o país suspirar.
Das pedaladas consagradoras e constrangedoras de Robinho até 2015 foram diversos campeonatos, vendas, compras, neymar, crise, glórias, idas e voltas.
Até que um dia Elano, Renato, Robinho e Ricardo Oliveira, consagrados, ricos, veteranos, voltam a jogar na Vila Belmiro.
E veja você, caro torcedor, como o futebol é incrível. Ele poderia ter dado ao “novo Palmeiras” uma glória de boas vindas. Afinal de contas, é mesmo um prazer poder tê-lo protagonista de novo.
Mas foi saudosista, cruel, imponderável, talvez tentando nos dar um recado. Deu ao Santos o título nos pênalits, encerrando aquele time fantástico representado por 4 dos seus protagonistas. E juntos, de branco, na Vila, deram a que tende a ser sua última volta olímpica daquele time.
Porque aquele Santos de 2002/03 encerra seu ciclo hoje. E o futebol nos faz pensar, como sempre usando seu filho mais querido, o Santos, que nestes últimos 12 anos não conseguimos repetir nada igual.
Talvez ele queira nos dizer algo. Talvez seja mera coincidencia.
Eu acredito em coincidencias. Mas não na que insinua que o futebol e o Santos tenham uma relação comum. É lá que tudo começa a mudar.
Que seja eterno o Santos de 2002. E que se repita. Sempre. O maior número de vezes que conseguirmos.
abs,
RicaPerrone