O Flu no fio da navalha
Você deve estar se perguntando: Qual a diferença entre Ricardo e Enderson Moreira? Eu lhe digo: Nenhuma.
O interessante neste processo que o Fluminense vive é a coragem dos caras em correr riscos.
Você tem um time com um cara que ganha um absurdo (merecido), outros tantos garotos que são promessas e podem vingar ou não virar nada. Você tem um diretor de futebol que veio da base, novo, que pode ou não aguentar a pancadaria em caso de derrotas.
Teve 3 treinadores no ano e nenhum deles é um cara consagrado. Todos apostas. Como Gérson, Robert, Kennedy. O Fluminense de 2015 é uma grande aposta.
Como toda aposta, corre-se o risco de ficar sem nada e também o de ter tudo. Muito mais, sempre, para ficar sem nada. Mas também é verdade que os mais belos gols são aqueles que tentaram fazer o que tinha menos chance de dar certo.
Vai fazer o que? Ligar pro Abel? Achar 600 mil pra dar pra um treinador? Chamar alguem caro e dizer pro elenco que está com alguns atrasados que “dinheiro pra técnico tem”?
É difícil ser Fluminense este ano. E talvez seja exatamente agora que se determine quem de fato o merece e quem se aproveita dele.
Isso cabe a jogadores, dirigentes e até torcedores.
Enderson é aposta. Não a minha preferida, mas também não consigo pensar em nada muito diferente disso.
Vem aí mais um ano dramático, do jeitinho que o tricolor gosta. Aos 44, sofrido, inacreditável, contra a lógica e o descrédito. Mas e se der certo?
abs,
RicaPerrone