Salve a seleção!
Imagine se um jogador aposentado, agora com seus quarenta e poucos anos, assume a seleção de um país como treinador sem a menor experiência em clubes.
Imagine então que essa seleção joga bem, mas perde. O que diria a mídia e a torcida ao enxergar o óbvio após uma eliminação?
Não sei no mundo todo, mas aqui diriam que foi tudo uma merda e que devemos recomeçar. Aliás, é o que mais faz a seleção brasileira. Toda vez que ela não é campeã, “onde errou?” e “recomeçar”.
Mas esse jogador aposentado que virou treinador não é o Dunga, nem a seleção a nossa. A história que contei é de Klinsmann na Alemanha. O primeiro passo da incrível seleção campeã do mundo que quase foi eliminada pela Argélia, que teve um treinador sem experiência alguma, e que perdeu 2 Copas pra ganhar depois. Ah! E na prorrogação, passando aperto e quase sendo derrotada pela seleção que outro dia tinha em seu planejamento Maradona como treinador.
Enfim. Vamos em frente.
O pau que dá no Francisco se recusa a dar no Chico. Dunga é uma aberração, Klinsmann foi uma experiência. Os EUA? Não param de crescer no futebol e sua seleção vai ser campeã do mundo ja já, diziam em 1994.
Ou quando formaram a LIGA, estruturando um futebol profissional pro país. Em 2014? Não. Em 1996.
De tanto olhar pra gente de fora que nunca erra, me pergunto até quando vamos achar que não podemos reagir. Me pergunto o que há de errado com essa seleção que pra tanto “especialista” ela seja “incapaz” de nos devolver o que é nosso. Me pergunto porque é tosco ter centroavante “paradão” como o Fred em 2014, ano em que a Alemanhã de Klose fez 7 no Brasil….?
Enfim.
Mais uma vitória, mais uma dose de paciência, e vamos em frente. A seleção começa a colher alguns frutos da nova geração, e com eles a desconfiança que caracteriza o brasileiro sob qualquer possibilidade de dar certo.
Dois amistosos, duas vitórias, duas boas atuações e significativas melhoras.
Mas não importa. É CBF, é crise, é Del Nero, é politicagem. A bola entrou, fodeu! Não tem no que bater em campo, vamos puxar pra fora dele.
E quando perder, voltamos o foco pro gramado. Porque é assim que se faz jornalismo no Brasil.
abs,
RicaPerrone