O divertido Riascos
O futebol está cada mais enlatado. Tirando 3 ou 4, todo mundo joga parecido, não tem mais grandes craques e os ídolos se diferenciam em números.
É um tal de “Gols por temporada, passes por temporada, minutos no campo de ataque” e na real o torcedor comum, não aquele mais fanático que consome qualquer coisa, nao está nem aí pra nada disso.
O torcedor comum, maioria, o que não é doente pelo clube, se envolve com o cabelo do Neymar, a forma de comemorar do David Luiz, etc. E não menospreze esse torcedor, pois você é um deles no que diz respeito ao esporte norte americano e até ao futebol internacional.
Quando um jogador como Riascos está em evidência, não se avalia número de chutes a gol, estatísticas de passe e outros pormenores técnicos. Riascos dá vida a um campeonato que sabe-se lá por onde respira.
É ruim, mas vive grande fase. Todos criticaram, hoje aplaudem. Com moral, ele vai virando um jogo perdido e se tornando o “Obina” vascaíno num momento onde tudo que o clube precisa é de “algo mais”.
Imagine o vascaíno médio, aquele que não escala os 11, que vê quando passa na tv e pouco se importa. Ele vai acompanhar estadual falido? Não. Vai se matar por uma série B? Não. O que pode chamar atenção desse cara? Um “ídolo”, mesmo que esse ídolo não seja real.
O que é mais divertido no campeonato carioca do que ver o Riascos em campo?
Ele faz minhoca quando marca, abraça o filho, dá dribles que não sabe dar e agora, em versão 2016, faz gols que até dezembro não fazia.
Aos 29 anos, Riascos é um jogador comum tecnicamente, quase ruim. O que diferencia Riascos de outros tantos é a vocação para se fazer protagonista, seja perdendo um pênalti aos 46 contra o Galo na Libertadores, seja transformando um estadual sem sentido em divertido para o seu torcedor.
Mais Riascos! Já que não pode me deixar boquiaberto com o talento, que me divirta pela personalidade.
abs,
RicaPerrone