Julgamento precoce
Eu não sei o que houve exatamente entre Fred e Levir. Está claro que algo chateou o jogador, que tentou resolver internamente com sua diretoria, como é normal que faça qualquer profissional dentro de uma hierarquia.
Me deixaria puto se Fred fosse aos microfones condenar o treinador ao invés de passar pro clube o problema. E seguindo a linha que concordo e que mantém Thiago Silva fora da seleção, por exemplo, o Fred procurou a forma correta de resolver um problema: seu chefe.
Ah mas ele “teria dito que…”… “Teria”? Não fode.
O que jornalista conta é o que contam pra ele. E se eu ouvir a versão do Mário Bittencourt da saída dele do Flu, dou uma história, se ouvir o Peter, dou outra. Simplesmente porque cada ser humano no planeta conta uma história conforme lhe convém. Quando se conta pra alguém que vai torna-la pública, conta-se a sua versão e ainda calcula-se as consequencias. Ou seja, “teria” e nada, pra mim é a mesma coisa.
O que “teria” é um problema entre eles. E é claro que tem. Se o Fred tem razão, se o Levir tem razão, nem eles mesmos sabem ainda. Mas já se fez disso um caso cheio de “fatos” que “teriam” acontecido causando um julgamento popular e uma reação determinante no desfecho.
A torcida se posiciona, a imprensa opina em cima do “teria”, cria-se um vilão, um mocinho, e pronto.
Entendem o poder do “teria”?
Eu “teria” mais calma. Eu teria um pouco mais de respeito ao precocemente destruir ou julgar uma relação entre clube grande e um de seus maiores ídolos ainda em atividade.
Teria. Mas sei que não terão. Se os dois se entenderem, criarão alguém que “teria” arregado. Se não, alguém “teria” perdido uma queda de braços.
Eu “teria” cuidado ao julga-los. Até que os fatos sejam fatos e não mais boatos.
abs,
RicaPerrone