Seleção Brasileira

O clássico que enterrou o jornalismo esportivo

Outro dia eu arrumei um mal estar com amigos do Esporte Interativo porque disse que a prova de que o jornalismo esportivo era um negócio acontecia no momento em que a polêmica era sobre monopolio.  Ou seja, por motivos obvios, as pessoas da Globo estavam mudas, as do EI, que hoje querem a quebra do monopolio Global, discursando.

Não me referia a eles. Mas a qualquer lado do negócio chamado futebol. E do outro negócio, este camuflado, que se chama jornalismo esportivo.

Nesta semana a seleção jogou contra a Argentina de Messi. E por um rompimento de relacionamento quanto a este direito de transmissão, o jornalismo esportivo tão aclamado e gritado pelos filósofos da teoria e idealistas, morreu.

Globo fez que o jogo não existia, como aliás já fez em Olimpíadas. A diferença brutal é que os esportes olímpicos ela de fato nunca fala. Mas de seleção? Qual o argumento jornalistico para não dar a mínima para o produto que ate ontem se dava o céu?

Dinheiro. Direitos. Negócio.

E se há negócio, não há jornalismo. E nunca houve, nem haverá. Pois entretenimento não cabe ideal, jornalismo ou qualquer outra merda hipócrita quando parte comunicadora tem interesses pessoais, financeiros e ideologicos.

Eu não destaco os problemas do futebol brasileiro como faço quando tem merda em Paris. Porque? Porque eu vivo do futebol brasileiro e não da pseudo paixão de adolescentes pelo Chelsea.  Logo, eu não falo que faço jornalismo. Porque não faço.

Mas o ponto é que ninguém faz. Porque não dá pra fazer quando se tem acordo, contratos, parcerias, derrotados e vencedores nas concorrências e interesses claros em exaltar esse ou aquele.  É negócio. Com informação, mas um negócio. E se a informação também for dada de forma comercial, ela será menos covarde embora parcial do que é hoje camuflada.

A CBF está na dela. A Globo idem.  Mas jornalismo não olha pro comercial pra fazer pauta. Logo, não há jornalismo esportivo na Globo. Nem em lugar algum.

Seríamos menos atrasados se fossemos menos hipocritas. Ou o contrário, sei lá.

abs,
RicaPerrone

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