Vasco

Quanto vale o seu amor?

Eu poderia fazer essa pergunta a qualquer vascaíno, qualquer conselheiro, qualquer torcedor organizado e especialmente ao Eurico Miranda.  Farei a todos eles neste post. Porque todos precisam esclarecer isso.

O que houve hoje em São Januário não é uma questão política, nem mesmo um caso de justiça. É imoral. É deboche. É estupidamente descarado. É humilhante.

Eu não sei mapear os problemas políticos do clube. Não frequento pois desde que cheguei ao Rio a gestão do Vasco é “isso aí” e eu não concordo com ela, embora tenha feito ações para o marketing do clube sempre que fui solicitado em minhas mídias sem jamais cobrar por isso.  E não negaria isso ao Vasco com Eurico lá, diga-se.

Sabe porque? Porque é o Vasco e não o Eurico. Não importa quem comande, quando você ama você quer limpa-lo e não deixa-lo. O vascaíno está de mãos atadas acordado até as 3 da manhã em dia útil pra saber se a fraude da urna seria suficiente para causar discussão sobre o resultado.

E foi.

É evidente. É grotesco.  Centenas de sócios novos num curto período, cadastros bizarros, mais de 50 no mesmo endereço. mesmo cenário de 2014, mas dessa vez a justiça entrou no meio. Ela viu! Ela sabe! E a brutal diferença das 6 urnas pra essa, que separavam os suspeitos, é impossível de ignorar.

O presidente eleito no Vasco é Julio Brant. O dono Vasco é Eurico Miranda.

Dono do conselho, dono de torcida, dono de formas para se perpetuar no poder e entender no alto de sua prepotencia que só ele pode cuidar do Vasco.

Talvez seja a idade. Talvez seja maldade.  A única certeza que temos é que isso não é mais amor. Pelo menos não o amor de verdade.

É vaidade. Covarde.

Um sujeito com serviços relevantes prestados a história de um dos maiores patrimonios culturais do país, o Vasco da Gama, consegue escolher deixa-lo pela porta dos fundos e só sairá empurrado. Porque sozinho se recusa.

Não é uma questão de justiça. É uma questão de vergonha na cara.  O Vasco não pode aceitar aquela urna. O conselho do Vasco não pode amanhecer nesta quarta-feira como se fosse mais um dia comum.

Não foi. Foi o dia que o amor pelo Vasco tomou conta do Rio, o dia em que torcedores de outros clubes se revoltaram tamanha cara de pau.

Foi também o triste dia que pela segunda vez um homem derrotou um clube.

Então não parem! Não parem, não!
Não abandone seu amor antigo, seu primeiro amigo.

Parabéns, Julio!
Parabéns, torcida vascaína!

abs,
RicaPerrone

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