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Inter vence um covarde Tricolor

Torcedor de futebol analisa apenas o resultado. E se aos 43 o São Paulo tivesse empatado agora haveria um festival de relativizações por aí falando em superação, etc. Mas a mesma crítica que faço ao Tricolor há muito tempo já fiz ao Inter:  vontade de achar uma bola e nada mais.

Mas hoje não.

Hoje, e talvez se deva ao fato de ter tomado o gol com 2 minutos, o Inter quis vencer o jogo e fez mais do que o suficiente pra isso. Pode ser que pela necessidade, pois em outros jogos recentes de fato vi no Inter o mesmo ímpeto do SPFC pelo “mínimo necessário”.

Mas não é de hoje que o São Paulo joga um futebol covarde, uruguaio, em alguns momentos compreensível, como regra jamais.

Aguirre é um treinador de comum pra fraco. Não é porque ele fez o time correr muito que vamos nos enganar dizendo que em algum momento ele fez o São Paulo jogar bola. Porque não fez.

A bola entrava. Parou de entrar. Notaram que se quiserem vencer o SPFC é só dar a bola pra ele.  O Colon começou, todos viram e passaram a usar. É um time treinado para ver você errar, não pra acertar.

O Inter, que também não joga um futebol de alto nível no Brasileirão, hoje teve que se jogar pra cima e conseguiu uma grande virada.

Sim, grande. Porque se é duro virar contra time pequeno recuado, imagina contra time grande.

Grande e merecida. Porque em determinados momentos da partida era constrangedor o que o São Paulo fazia.

Seguem os dois na briga, o Palmeiras cada vez mais líder e também o melhor dos times. Mas a conta é simples, fácil de explicar.

No Brasil temos 4 times acima da média tecnicamente. Gremio, Palmeiras, Flamengo e Cruzeiro. Os 4 jogaram outros torneios até etapas avançadas. E então existiram Inter, SPFC e Galo, nos mesmos moldes que o Corinthians 2017: focado.

Agora ninguém está mais jogando 3 torneios. Só 2 no máximo, e ainda assim, e só por isso, há uma competição tão acirrada.

Fosse disputado apenas o Brasileiro o ano todo, me arrisco dizer que esses 4 teriam 10 pontos de vantagem pro quinto. E esse quinto poderia ser São Paulo ou Inter.

O Palmeiras tem a Libertadores pela frente. Essa é a graça do Brasileirão. Porque tecnicamente se tornou a terceira prioridade dos clubes, e o disputado não significa bom. Significa nivelado. Emocionante. Mas não é sinônimo de qualidade.

abs,
RicaPerrone

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