Escolha perfeita!
A FIFA tem suas manias. Normalmente, o vencedor do torneio leva também o prêmio de melhor jogador. Antes, como a decisão saia antes da final, podia cair nas mãos do vice. Agora, sem isso, era esperado que ficasse com um dos campeões.
Mas, coerente, inteligente e bastante elogiavel neste caso, escolheram Forlan, o uruguaio.
Não porque ele jogue mais do que o Kaká, do que o Messi ou o Villa. Mas porque foi um raro referencial de time grande nesta Copa. Sem Zidane, sem Ronaldo, a Copa ficou um pouco menos brilhante.
Os ídolos atuais são bastante diferentes destes que citei. Cristiano Ronaldo e Messi não tem história pelas suas seleções, e sequer fizeram uma Copa digna de serem citados.
Forlan não.
Deste, pouco se esperava.
O prêmio não é pela surpresa, mas sim pela postura.
A rara arte de liderar sem ter que dar espetáculo pras cameras. A nobre arte de chamar o jogo e a responsabilidade daquilo que faz.
Ele não era obrigado a nada disso. Seu time era limitado e nem cotado pras quartas de final estava. Mas, com uma zaga forte, um time dedicado e um sujeito de postura diferente da maioria, chegou longe e foi quarto colocado.
Não tenho dúvidas: Os dois times que fizeram algo “épico” nesta copa jogaram sábado, não domingo. E entre aqueles 22 jogadores, um sabe fazer diferença.
Forlan leva um prêmio que eu daria, mas que duvidei ve-lô receber.
A escolha mais certa da Copa, pro sujeito mais competente da Copa.
Curiosamente, tudo que faltou a nossa seleção sobra em Diego Forlan.
Chama-se “personalidade”.
Algo que não se treina, não se inventa, não se planeja.
Um dom dado a poucos e que, entre estes poucos, raríssimos os que sabem usar.
Forlan sabe.
abs,
RicaPerrone