Acabou como se fosse um turno. Descansa-se, prepara e volta pro mesmo torneio, do mesmo jeito, com o mesmo favoritismo e o mesmo futebol. O Grêmio estreou na Libertadores de 2018 jogando exatamente como em 2017.
Óbvio, isso não pode ser ruim.
O time viaja pro Uruguai e tem 79% de posse de bola. Toques curtos, mais de 700 passes trocados. Número atingido hoje por Bayern, Barcelona e se não me engano City. O restante do mundo troca menos de 500 por partida em média.
O Defensor, pra se ter idéia, trocou menos de 200 passes.
Não se transforma esses números em placares elásticos porque é parte da limitação técnica do Grêmio essa forma de atuar. Inteligente, sabendo que no confronto aberto tem time mas não tem uma seleção imbatível, ele fica com a bola e tenta errar pouco.
O baile de números não se transforma em gols. Nem dá. Falamos de Cícero, Everton, Ramiro.Na frente só tem um jogador de fato goleador: o Luan. E que hoje atua mais recuado. Mas exatamente por ter nestes jogadores o toque de bola e a movimentação, troca-se passes o tempo todo até achar o espaço.
O Grêmio volta com um ponto e é bom. Poderia sair com 3 mole, não fosse a bobeira de deixar um jogador cabecear sem sair do chão dentro da área. Um erro grotesco de marcação que custou 2 pontos.
Mas são 2 pontos num cenário pouco perigoso. O Grupo é ruim, o Grêmio vai se classificar e portanto não fará tanta falta.
A estréia do Tricolor é a continuação de 2017. Quem sabe os resultados também sejam?
abs,
RicaPerrone