A mesa não virou
Separem bem as coisas. Virar a mesa é mudar o regulamento após o resultado para inverter uma situação a favor deste ou daquele. Centenas de clubes já “viraram a mesa”, seja pra classificar pra quartas que eram semi, ou pra ter uma segunda chance.
O que houve hoje no STJD não é uma virada de mesa. É uma decisão no tapetão, no tribunal, fora do campo. Mas não uma virada de mesa.
Quem teve a oportunidade de ouvir as palavras dos advogados no tribunal pode notar que a defesa da Lusa era realmente muito frágil e sabia ter errado. Tanto que apelou pra outros pontos que não a regra em si.
Pois bem.
O Fluminense se beneficiou, não tenho dúvidas que existiu pressão política, nem que se fosse o Barueri ninguém diria nada.
Fato. Afinal, a Lusa é a Lusa, o Barueri é o Barueri e o Fluminense é o Fluminense.
Regras são regras. Moral, ética, justa, injusta…. outra coisa. Regras são regras.
E quando alguém pede que ela seja cumprida e consegue, pode-se chamar de tudo. Mas não de “virada de mesa”.
Não gostei. Queria que o Flu abrisse mão e jogasse a série B. Mas ele não vai fazer isso simplesmente porque NINGUÉM, nem você, faria se fosse com seu clube.
Hipocrisia a parte, vamos aos fatos.
A Portuguesa cometeu um dos erros mais estúpidos da história do futebol. E de fato, se dos ultimos 19 casos, 17 foram punidos desta forma e 2 tiveram diferentes interpretações por outros motivos, não dá pra chamar de “virada de mesa”.
E nem pra fazer de vítima a Lusa, que em 2002, lembremos, queria fazer o mesmo com o Flamengo.
Não foi a primeira. Nem será a última. Se o Barcelona cair e tiver um erro do Getafe, ele pede no STDJ de lá e ganha.
O que não apaga a campanha ridícula do Fluminense e o FATO dele ter sido rebaixado em 2013.
O Flu não deixou de ter sido rebaixado. Deixou de cair. É diferente.
Abaixo, o que disse o advogado do Flu e que acho que seria interessante que todos ouvissem antes de repetir o que a tv fala pra deixar a maioria feliz.
abs,
RicaPerrone