Ão, ão, ão, o “bode” é seleção!
Em sentido figurado, um “bode expiatório” é alguém que é escolhido arbitrariamente para levar (sozinho) a culpa de uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo (que geralmente não tenha cometido). A busca do bode expiatório é um ato irracional de determinar que uma pessoa ou um grupo de pessoas, ou até mesmo algo, seja responsável de um ou mais problemas sem a constatação real dos fatos.
Pois bem, diante de tal explicação, podemos colocar o termo “Bode expiatório” no Roberto Carlos em 2006.
Este vídeo abaixo mostra os melhores momentos do jogo que “massacraram” o Roberto. Note que com 1:36, num lance parecido, um atacante francês sobra.
Com 2:29, se repete.
E aos 3:35, o gol e o ato que pode destruir uma imagem de uma década. Roberto Carlos fica na linha onde fica a maioria, provavelmente forçando a linha burra, mas, 3 zagueiros voltam e fazem com que meio time fique e apenas 3 disputem a jogada. O erro é de todos, do treinador, péssimo, que jamais conseguiu fazer o time jogar bola.
Roberto fez uma Copa ruim, como tantos outros. Não cabe o rótulo de culpado, como não cabia em 90 cair nas costas do Dunga a imagem de um time sem alma.
O lateral do Corinthians tem uma carreira das mais brilhantes do futebol recente. Na seleção, honrou a camisa como poucos diversas e diversas vezes. Por um lance, tentam acabar com tudo isso.
Errado, injusto, covarde.
Roberto é o único lateral esquerdo que, hoje, joga mais bola que a maioria, tem experiência e deve ter uma motivação enorme pra ir lá e calar a boca de quem acha que um lance muda uma carreira.
Existem alternativas, mas todas discutiveis, sem muita certeza do rendimento. Roberto Carlos dá, ao menos, a certeza da experiência, da motivação e do bom futebol que sempre jogou, e que já recuperou no Corinthians.
Gosto do Marcelo, gosto do André Santos, mas eu levaria o Roberto.
E você? Acha que a “meia” de 2006 apaga tudo que fez este belíssimo jogador?
abs,
RicaPerrone