Era uma vez um “time sem vergonha”. Ali, só alheia. Lanterna, encostado, massacrado, rebaixado, sem nenhuma esperança. Aquele time recebeu um aqui, outro ali. Um novo comando e fez do segundo turno agendado para chacota meses de esperança.
Não deu tempo.
Começa 2016 e discute-se o quanto vale o estadual. Mais uma vez repetia-se a pergunta mais vazia do mundo.
Quanto vale um estadual?
E eu lhes digo: Qual estadual? O de 77 do Corinthians? Vale tudo! O do gol de barriga? Idem. Quanto vale uma série B? A do Grêmio nos Aflitos? Incalculável.
Títulos são construídos e conforme são conquistados vão determinando seu valor.
Ao Vasco, um estadual invicto tinha um sabor especial. É a série B, o rebaixado, o pisoteado de dezembro jogando confeti de baixo pra cima com os rivais no camarote, hoje, derrotados.
Tudo aqui é complicado. O calendário, as divisões políticas que determinam os estaduais e seus formatos, a falta de unidade entre clubes.
Aqui, dificilmente se faz algo inteligente e planejado que não seja um empurrão apaixonado com um tiro certeiro.
Aqui é assim. Aqui vivemos paixão e isso nos faz diferentes, para melhor e para pior.
Eram 60 mil pessoas no que disseram ser desinteressante há algumas semanas. Não é. Porque enquanto tiver um time grande em campo, haverá interesse.
Aqui é difícil, truncado, atrasado, legendário, apaixonante, zoneado mas respeitado.
Aqui é Vasco!
abs,
RicaPerrone