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Flamengo

Bom dia, nação!

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Bom dia pra você, rubro-negro fanático que está quase se jogando da ponte porque perdeu mais um jogo. Eu sei, até entendo, você desacostumou.  Ficou meses e meses sem perder e, quando vem uma sequência ruim, acha que o mundo vai acabar.

Lamento informá-lo: Não irá!  Tem jogo domingo, e o Flamengo segue sendo um fortíssimo candidato a título, tanto quanto o Corinthians, que venceu ontem passando pelo mesmo momento ruim que o Fla passa.

A gritaria, naturalmente, vai na direção do maior para-raios do mundo: Luxemburgo. Se alguém tossir na Gávea, ele que levou o virus. É incrível o poder do sujeito de ser responsável por tudo que há de errado no que o rodeia. Mas é o preço que se paga por não ser “amigão” da imprensa. Ou melhor, do alto escalão da imprensa.

Luxemburgo é o alvo. E eu não concordo.

Entre ficar gritando dali e daqui, vou preferir argumentar os meus motivos.  Não vejo como responsabilidade do treinador a queda brutal de rendimento de jogadores que não tem reserva e sabem disso. Vejo como falta de responsabilidade dos mesmos.

O time que o Luxemburgo tem na cabeça claramente é esse:

A única forma de equilibrar o perfil dos seus laterais com uma defesa fraca é ter o Airton na frente dela bem preso. Assim, em tese, os laterais saem a vontade, os meias ganham apoio de Renato e Willians constantemente e o time ficaria muito forte em todos os setores.

Mas, quando você olha essa imagem imagina sem ser muito inteligente que o time depende de algumas peças. E se não tem Angelim, em má fase, se não tem Alex e Airton, machucados, lá se vai todo esquema defensivo, lá se vai a subida dos laterais, lá se vai um padrão de jogo.

Vai ser na base do talento. E quando a bola chega na frente e dois dos três talentos estão mortos em campo, fica complicado.

Então tira o Thiago! Ok. Ele tira. Coloca o Botinelli, que é o seu reserva. Ele vai mal, muito mal.

Então tira o Botinelli! Ok. E coloca…. ?

Não, deixa o Thiago mal. Porque mal ele será melhor que o terceiro reserva.

Tira o Deivid e coloca o Wanderley! Sacanagem, né? O Deivid não tem reserva.

Agora tem. E vai perder a posição pro Jael jajá, como já vem perdendo ao longo dos jogos. Mas ontem não tinha Jael, ou seja, não tinha outro centroavante.

Se você arma um time com Thiago e Ronaldinho em volta de um centroavante, você precisa dele.  Não adianta meter mais um “Negueba” da vida rodeando a área se nela não tiver ninguém.

Ontem Luxa teve que usar isso:


Maldonado, sem ritmo, porém fazendo a função do Airton. E de um jeito ou de outro, atrás, até funcionou. O Corinthians não conseguiu entrar tocando. Entrou cruzando.  A bola era no Thiago, que teria a função de carrega-la até perto da área. Mas não. Ele estava se enrolando com a bola e saindo pela lateral, e isso não é “modo de falar”.

Culpa do técnico?  O Léo não sobe, quando sobe, erra.  Os zagueiros são fracos, o volante não joga há meses, o centroavante está mal e o reserva no Rio com febre.

Me desculpem, eu vejo erros no Luxa, não escalaria o time como ele escala não. Mas que diabos ele pode fazer numa situação dessas?

“Tira o Thiago!”. Ok, tirou. Entrou o argentino, único reserva pra posição e…. nada!

Querem que ele suba alguém com 18 anos e jogue no meio dos leões num momento de “crise” pra acabar com a vida do moleque?

Calma lá!  Tá pesado joga em quem consegue carregar.  Quem nesse time aí tem medo de pressão? Quem não está acostumado a time grande?

Sabe como jogaria o Flamengo hoje se todos os jogadores que estão mal fossem sacados pelo Luxa? Assim ó:

Resolve seu problema? Não. Piora.

O Luxemburgo tem suas teimosias, erra as vezes, acerta muitas outras, faz um trabalho bom no Flamengo e uma temporada de alto nível.

Hoje, o time encontra dificuldades. Mas encontra porque dos seus 11 titulares, 4 estão em péssima fase, 2 machucados. Com 6 peças com problemas, sendo que os reservas delas estão também num momento ruim, fica bem complicado até pro adorado Muricy.

O meu Flamengo não é o que o Luxa desenha. O que eu gostaria de ver tem uma diferença tática, não na escalação.

Agora veja como seria incoerente da minha parte “condenar” o técnico:

Se no “meu Flamengo” o Angelim tá lento, o Alex machucado, o Airton machucado, o Leo e o Thiago Neves em pessima fase, alguém ai acha que eu seria culpado se escalasse Wellinton, Galhardo, Botinelli e não desse certo?

É o que tem. Cobrem de quem está bem fisicamente porém errando tudo! Não de quem o coloca, na sua posição, sem inventar.

O Luxemburgo não está conseguindo arrumar um time de 11 onde 6 não correspondem o que ele espera. Seja na bola, seja na parte física.

Não estamos falando de reservas de alto nível pra sugerir mudanças drásticas. Estamos falando de Wellinton, Botinelli, Fierro, Jael, Gustavo, Galhardo.

Alguns até bons jogadores, mas nenhum que resolva coisa alguma. Todos piores que os titulares, em tese.

É o que tem, parceiro. E eu pergunto:

A escalação original, é ruim?

Tem jogador improvisado?

Há alguma invenção de pardal no time titular?

Então, meu chapa, quando for tocar sua corneta domingo no Engenhão, mira em quem merece.

abs,
RicaPerrone 

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Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Flamengo

Filipe Luis: meu calado favorito

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Era 2014. Eu escrevi ou falei alguma coisa sobre o tal do Filipe Luis lateral da seleção. Meu telefone tocou já tarde da noite e era uma mensagem de um amigo empresário do futebol que me dizia “eu concordo com 90% do que você escreve, mas sobre o Filipe você está errado”.

Eu havia dito que ele era um lateral muito burocrático. Que era muito bom jogador mas que eu tinha dúvidas da capacidade ofensiva dele.

Só que esse amigo é amigo também do Simeone. E ele me explicou que não era uma opção. O Simeone jamais daria liberdade naquele time pro lateral dele criar ou ficar indo a linha de fundo. Que o Filipe jogava muito dentro do que permitiam.

Ok, ouvi, guardei. Ele acabou não indo pra Copa, seguiu na Europa, saiu e voltou pro Atlético e nunca consegui ve-lo jogando com mais liberadade pra mudar de idéia até ele chegar ao Flamengo.

Um dia, já em 2023, um dirigente do meu SPFC me perguntou: “O que voce acha do Filipe Luis? Ta velho?”.

Respondi que não. Que caberia na zaga ou na lateral do Tricolor ainda. Hoje sei que a oferta foi feita, mas ele não aceitou. Tirando esse erro brutal de sua carreira que foi não ter jogado no SPFC, Filipe fez tudo certo.

Tão certo que é até constrangedor avalia-lo. Onde ficam os “poréns”?

Final de 2022 Filipe e eu conversamos pelo whatsapp e ele me disse algo que me deixou ainda mais seu fã. Falavamos sobre a Copa, a chance dele talvez estar nela, e eu brinquei que ele poderia ser chamado pra ser auxiliar do Tite. Ele me disse que se chamassem pra carregar as redes de bola no treino ele iria só pra estar com a seleção na Copa.

Cara, isso é muito foda. Ele falou isso em off, não pra ir pro ar e parecer interessado. Ele realmente abriria mão de tudo pra estar lá e ajudar a seleção. E eu ainda brinquei com ele (falando a verdade) que também pararia a carreira se me levassem pra empurrar as malas dos jogadores, meramente pra estar ali.

No final deste ano ele me ligou e combinamos de almoçar. Não o conhecia pessoalmente, só a relação comentarista/comentado mesmo. E em algumas horas eu conheci alguém que era exatamente como eu jurava que seria. Sereno, educado, cabeça boa, focado. Outro patamar, como eles gostam de dizer.

E por algum motivo que não me lembro qual, chegamos numa discussão sobre “poder”. E no meio disso eu falei pra ele que o “poder” é um equívoco, porque ele só te mata aos poucos em troca de ego. O “poder” que importa é outro. É o “poder” olhar seus filhos orgulhosos de você. “Poder” ver orgulho nos seus pais por quem você se tornou. “Poder” vencer sem ter prejudicado em ninguém.

E caraca, Filipe. Como tu é “poderoso”, irmão.

Quandos “podem” contar o que você conta? Quantos “podem” dar a sua família o que você dá pra sua? Quantos “podem” dizer que venceram na vida sem sombra de dúvida ou espaço pra interpretações?

Eu vou sentir muita falta daquele lateral meio calado, “burocrático” do Simeone e bem mais criativo do Jesus. Vou te dizer até que você não é um dos meus preferidos, pois óbviamente eu vou preferir um passado do futebol mais técnico e lento. Mas você foi o primeiro lateral brasileiro que hoje o mundo considera o ideal.

Você é a virada de chave. O lateral que joga, mas que marca. Alto, que cabeceia se precisar, que vira zagueiro, vira ponta e que não depende de dribles mágicos pra se tornar fundamental.

É o futebol de hoje. E por pioneirismo ou vocação, você foi o primeiro a entende-lo.

Boa sorte, Filipe! E muito obrigado por tanto.

Agora descansa que pelo jeito vou passar os próximos 20 anos discutindo se você escalou bem ou mal, se mexeu certo e se deve permanecer ou ser demitido. Porque é óbvio que você será protagonista no que quer que seja.

RicaPerrone

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Flamengo

Flamengo vive entre o alívio e a dor

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Não há prazer na Gávea. O que o Flamengo se transformou nos últimos anos é um projeto muito improvável de se tornar o Bayern do Brasil e conquistar todos os títulos meramente por obrigação de mantê-los.

O torcedor mais novo comprou o barulho. Acreditou na ideia e agora sofre com qualquer coisa que há poucos anos seria considerado um “resultado normal”.

A mídia embala, os influenciadores inflamam, e o Flamengo virou um clube que só alterna entre o alívio e a dor, excluindo o prazer.

Que graça existe na glória se ela for rotina? Se é glória, não é comum.

Entendo que o investimento é alto. Mas entendo o suficiente de futebol pra saber que onde se compra resultado com garantias é na Europa. Aqui, berço de craques, nunca se sabe se o que você comprou o rival não vai lançar da base. Ou se o treinador vai surtar, se o jogador vai cheirar, se o grupo vai rachar.

Aqui são outros 500. E mesmo que seja 2 mil, 500 ainda mudam resultados.

O Flamengo evita perder títulos. E isso é um absurdo tão grande que eu chego a sentir pena do que virou torcer pro Flamengo.

Hoje fala-se em “salvar o ano”. Ok, então ser campeão brasileiro é salvar o ano e não conquistar algo incrível? Que merda que deve ser viver na cabeça desse torcedor. Ele busca a glória como alívio e qualquer insucesso como tragédia. Não há gozo. Só dor e alívio.

Se o Flamengo ganhar o Brasileiro – e pode – será incrível! Não uma “salvada” no ano ruim.

Desde quando não ganhar a Libertadores é vexame? Como você, torcedor não acéfalo, compra esse discurso sensacionalista vazio de quem quer te pegar no calor da derrota pra vender clique?

Você está indo buscar um título enorme em cima de um rival. Se isso te soa como “salvar o ano” ou aliviar o que deu errado, você morreu pro futebol. A soma da arrogância de parte da diretoria do Flamengo com a soberba natural da torcida e a validação midiática do absurdo transformaram o Flamengo numa máquina de memes.

Porque não dá pra ser só grande e disputar títulos? Quem evita perder algo que não lhe pertence? Porque é tratado assim todo campeonato que o Flamengo disputa?

A Flapress sempre fez mal ao Flamengo. Hoje ela está somada a alguns influenciadores que não carregam a obrigação da isenção mas inflamam ainda mais a torcida nas horas de derrotas comuns.

Que sentido tem terminar o ano brigando por um título e ao invés de euforia só se fala em “salvar ano”?

Quem dera meus anos todos fossem salvos com um título brasileiro.

Desfrutem. Ser Flamengo não pode ser um peso, mas sim um prazer.

Vê-lo brilhar, lembra? Então…

RicaPerrone

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