Caro João,
Não costumo agir com intolerância pois como você bem sabe, Deus perdoa.
Mas é preciso entender que nem mesmo seus bons serviços prestados a nós em terra lhe dão autonomia para definir o destino do mundo que eu criei.
Eu fiz vista grossa em alguns casos, até te puni em 2008 pela sua indisciplina, mas dessa vez você foi longe demais.
Eu não autorizei sua interferencia em nenhum evento esportivo no Brasil hoje.
Era seu dia de folga, inclusive.
Por coincidencia, estava assistindo ao jogo em meu palácio celestial e notei algo errado com a direção das bolas do meu filho equatoriano. Mas não quis acreditar que havia interferência de nossa parte.
Até que no final pude comprovar que você estava, de novo, por trás disso.
João, eu te dei várias chances. O que você fez hoje com metade dos gaúchos foi muito grave e eles não conseguirão compreender nem nos próximos 100 anos.
A culpa vai acabar sendo minha, porque dirão que “eu que quis” classificar esse ou aquele. E eu não tive nada com isso, como você bem sabe.
Dito isso, vou lhe dar a oportunidade de continuar desde que você confesse imediatamente qualquer plano arquitetado para o dia 4 de novembro.
Se for de sua intenção intervir, fale-me agora e vou providenciar seu afastamento. Caso contrário lhe concederei uma nova chance.
Você promete que vai se comportar e permitir que as coisas sigam seu fluxo natural na Terra?
Ass: Deus
Mail: jpsegundo@ceu.com
João Paulo II
Caro Deus,
Não.
Boa noite.
JP.