Fique, mas fique grande
O Fluminense conseguiu se segurar pelas mãos de Julio César na série A do Brasileirão. Quando o jogo estava 0x0 fez uma defesa absurda e pegou um pênalti. É o herói da permanência.
Os vilões da possível queda você sabe bem quem seriam. Mas não é porque o Julio foi espetacular que os responsáveis deixam de ser “vilões”.
Que fique o Fluminense, que fez esforço pra cair e não conseguiu. Mas que fique pelos jogadores que correram e tentaram mesmo com meses sem receber. Que fique pela torcida que foi lá acreditar até mesmo depois do soco no estômago que levou na quarta.
E que fique grande. Porque se repetir a receita mediocre de quem se olha como um nanico a tendência é seguir brigando como pequeno. Pra muita gente é preciso explicar que um time grande não se faz do faturamento, pra garotada é preciso explicar até o que é futebol, imagine como se separa grandes de pequenos.
Mas pra diretoria do próprio clube?
Não, meus caros “sócios”. O Fluminense não economizou um real vendendo o Fred. Perdeu muito dinheiro e tamanho. Você não salva um grande o apequenando, mas sim planejando e sendo pontual nas decisões que mantém acesa a chama dentro do torcedor.
Tem que ter ídolo, referência, peso, respeito. Você ficou sem nenhum deles e terminou o ano devendo do mesmo jeito. O Cruzeiro apostou na camisa, contratou, meteu um caneco no bolso e sai do ano maior do que era em janeiro.
Futebol não se faz com calculadora. O Fluminense é muito maior do que o próprio clube acredita ser. É hoje uma espécie de Flamengo as avessas.
Se vocês só conseguem carregar X, não tentem diminuir o peso pra conseguir levar. Troque quem o carrega.
RicaPerrone