Inexplicável?
Ah, o futebol! Aquele que nos faz discutir por horas e horas procurando explicações aceitáveis para o que não há explicação. Aquele que inspira teorias, idéias absurdas sobre complôs, além da criação diária de heróis e vilões.
O quase rebaixado São Paulo ja já é “quase Libertadores”. O “quase pipoqueiro”, “quase seleção”. E foda-se o Juvenal, “É Muricy!”.
Incontestável a mudança na confiança pós Muricy. Jogadores parecem mais blindados, erram menos, acreditam mais.
Não sei se a fé move montanhas porque nunca vi uma montanha andar de ladinho. Mas que ela empurra a bola pra dentro, empurra.
Quando não é pra entrar, pode bater de onde for, com quem for. Não vai entrar. Quando está permitido, nem se bater errado. Alguém empurra pra você.
Contra Vasco e Galo o SPFC não jogou nenhuma grande partida. Ao contrário, nos dois casos foi mais ameaçado do que ameaçou. E em ambos os jogos encontrou um gol salvador inexplicável doado pelo adversário.
Como? De onde vem essa sorte? Tá no pacote Muricy? Ou será mera confiança?
Não, não fode irmão. Nem pense em tentar colocar “tática” ou “técnica” nestes dois resultados. Você viu, eu também. A bola entrou, só isso.
Mas porque diabos ela tem tanta vontade própria, capaz de ir onde ela bem entender, quando resolver?
Marcos Rocha esteve de frente pro gol de Rogério Ceni ontem num lance onde a cada 10, faria 10. Ele perdeu. E não há mérito na falha alheia. No oportunismo, sim. Na falha em si, jamais.
Me explica? Não explica.
É futebol. Sobrenatural como tem que ser.
E que continue entrando.
abs,
RicaPerrone