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Não durma, Tricolor!

Constrangimento. Talvez seja esse o termo mais forte que encontrei e também o que melhor resume o “baile” do Grêmio no Mineirão.  Parecia um time profissional contra um time de pelada assustado.  Parecia que o Atlético não tinha treinado o ano todo.

O Grêmio uniu o bom coletivo deixado pelo Roger com o “gremismo” de Renato e Espinosa. Pronto, temos o Grêmio de novo em estado puro.  Se precisar de guerra, eles fazem. Mas quando não precisa, eles sobram.

O jogo começou e terminou fazendo o atleticano olhar pro campo sem reação.  Ele não esperava passar por isso, até porque seu time no papel indica não merecer sequer perder, quanto mais dessa forma.  Mas foi um baile, daqueles que nem mesmo o mais atleticano vai tentar desmerecer.

Hoje, após o jogo, vi raríssimas manifestações de despeito dos derrotados. A maioria aceitava o placar com uma certeza de ter sido justo quase incompatível com o que é o futebol.  E o que é o futebol se não a loucura de esperar 15 anos para viver o que está prestes a viver o Tricolor?

Não tem gremista dormindo. Posso escrever com calma porque há muito tempo ficar acordado não era melhor do que sonhar. Hoje é.

Não durma, gremista! Amanhã você se vira, trabalha cansado, tanto faz! Passe a noite revendo o jogo, lendo blogs, mandando mensagens para amigos que foram a Minas e aos que ficaram e tão alucinados quanto você, não podem dormir.

Amanhã você faz isso e volta a dura realidade do sono.

Inverteram-se as coisas, Tricolor.  Você vive, os outros sonham. Não durma.  Por uma semana, durma o mínimo possível e compense os 15 anos de angustia.  Sua hora chegou.

E eu não estou dizendo que está resolvido. Até porque, parte do sabor da espera é fingir que não sabemos que será nosso.  E vocês sabem, embora não assumam, que a Copa será de vocês.

abs,
RicaPerrone

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