O bom fundo do poço
Gostei. Longe de torcer contra o Vasco, fiquei até que satisfeito com a goleada sofrida neste sábado pro Avaí.
Tá maluco, Rica?
Não. Tô não. Eu não suporto a idéia de empurrar um problema com a barriga, embora como todo ser humano também faça isso sempre. Mas um clube, diante de milhões de torcedores aflitos vendo que não é necessário o vexame, acho pouco aceitável.
O time do Vasco é bom. Tanto é que a a paulada da torcida não é desesperada pedindo reforço, mas sim no treinador. Você não tem em qualquer time do Brasil Martin Silva, Rodrigo, Guinazu, Fabricio, Kleber, Maxi, Douglas, Thalles e Kleber. São jogadores que atuariam em diversos times da série A titulares.
A soma de todos eles talvez não tenha dado liga ou talvez seja só o Adílson. Mas não me diga que esse time não é capaz de deitar e rolar numa série B e nem de golear o ABC em casa.
Falta ao Vasco o fundo do poço. E quando nele, é hora de escolher se você recomeça ou se volta alguns passos pra tentar de novo na mesma direção.
Eurico é a mesma direção. E eu torço pra que o Vasco faça bom uso dessa paulada de estar na Série B tomando de 5 em casa. Como espero que o 7×1 da Alemanha tenha sido um ponto de partida, não o “fim”.
O Vasco que empurrava com a barriga o ano de 2014 agora vai ter que pegar no tranco. Não há mais ambiente pra alternar o aceitável e o ruim. Chegou no insustentável. E com ele, as mudanças.
O Vasco sobe. Com Adílson, Lazaroni, Roth ou o padeiro da esquina. Ele sobe.
O problema é que “subir” é um detalhe muito irrelevante perto dos motivos pelo qual ele chegou onde está. E se for preciso tomar de 5 pra que as coisas mudem de fato, que seja.
É o primeiro resultado do Vasco em 2014 que não terá sido em vão. E isso me causa mais otimismo do que o “vamo que vamo” que tem sido.
abs,
RicaPerrone