O capitalismo jornalístico
Pra Amazonia ninguém olhou por todo esse tempo. Bastou o governo não agradar a mídia que ela se tornou ambientalista.
Bolsonaro é péssimo. Fala mal. Fala besteira. Alimenta uma mídia sedenta por frases infelizes, que é sua especialidade. O maior inimigo do governo é o próprio Bolsonaro.
Suas brigas são absolutamente desnecessárias. Ou é muita genialidade pra tapar o foco do que importa que são as reformas ou é muita burrice. Fico com a segunda.
Arrependido? Nunca. Era Bolsonaro ou a maior quadrilha já descoberta em todos os tempos. Não há dúvida. Se tiver, anule. Vá lá. Mas neles, não. Nunca. Jamais. Tenho pai e mãe pra olhar na cara. Não dá.
O ponto não é eleição. Já foi. Mas o pós e sua hipocrisia.
As capas de todos os jornais e sites estão enlouquecidas com 20 milhões que tiraram da prevenção de queimadas na Amazonia. Paralelo a isso os caras aprovam 1,8 BILHÕES destinados a fundo eleitoral num país que declara abertamente que não tem dinheiro pra pagar os serviços básicos em alguns meses.
Sim, é o que você entendeu. 20 milhões, problemão! Quase 2 bilhões, foda-se.
Adivinha porque?
O que os políticos fazem com parte do dinheiro? Compram mídia. Onde?
Parabéns! Você já está começando a entender o sistema e a relação imprensa x governo.
Não importa à mídia o estupro. Importa quem foi estuprado. E se o estuprador passar uma graninha aqui pra ela, nem estuprador ele é mais. Talvez “suspeito”. No máximo “tem problemas psicológicos”.
Funciona assim. Ou seja, não funciona.
Reparou que o maior problema do Brasil muda toda semana? Que os roubos bizarros e liberações de bandidos presos são todas notas de rodapé e que a barba mal feita do filho do presidente é chamada principal?
Não é mau jornalismo. É capitalismo. Aquilo que, em tese, 95% da imprensa luta contra. Veja você.
Ora, vá se fuder.
RicaPerrone