O favorito
Se você me perguntasse ontem o que esperar da Copa Sulamericana, estaria bem pouco otimistas. Considero um torneio um tanto quanto desvalorizado, de pouco interesse popular.
Mas, é um torneio sul-americano. Aquela final do São Paulo onde o adversário não voltou, seguido de alguns finalistas e semifinalistas inexpressivos acabou deixando um ar de “campeonato inferior”.
E eis que cai o avião da Chape, a comoção no futebol mundial foi toda em torno da decisão de que? Da Sulamericana.
Ela muda de status pela tragédia. Mas muda. E ainda que na primeira rodada, ela tem públicos que deixam bem claro não ser a menina dos olhos de ninguém. Ou de quase ninguém.
37 mil pessoas foram ao Maracanã. Houve mosaico, clima de “jogão” a semana toda, supervalorização do adversário e da importância do torneio. Sintomas claros de quem entrou nele de fato. O Fluminense escolheu a Sulamericana, a torcida comprou, e ela mudou de cara.
Se antes esperaríamos para ver quem embala, quem cai na Copa do Brasil e vai priorizando o torneio por falta de escolha, hoje temos um time que, de véspera, já escolheu.
Tão raro quanto a escolha, a aceitação da torcida. Fizeram barulho, compraram o barulho. Houve um jogão no Maracanã, onde talvez não fosse estranho ter apenas 10 mil pessoas hoje a noite.
A Copa Sulamericana de 2017 ganhou um favorito. Porque? Porque é o único time grande que a colocou como meta e que fez sua torcida entender isso.
Isso não significa que o Fluminense vá conquista-la. Mas significa que para ser campeão vai ter que eliminar o Fluminense…
abs,
RicaPerrone