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Flamengo

O mesmo assunto de sempre…

E-mail que recebi hoje de um torcedor do Sport, que não me permitiu identificação, portanto, nào o farei.

Mas, em relação ao conteúdo do e-mail, que é comum na minha caixa postal, responderei.

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 E-mail que recebi hoje de um torcedor do Sport, que não me permitiu identificação, portanto, nào o farei. 

Mas, em relação ao conteúdo do e-mail, que é comum na minha caixa postal, responderei. 

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Caro RicaPerrone, 

Na condição de jornalista respeitável e conhecedor de futebol que é, tendo até como marca registrada a imparcialidade, não consigo entender porque você cita o Flamengo como pentacampeão e fala do título de 87 como se fosse legítimo.

Sou de Recife, conselheiro do Sport e conheço a história de perto. Talvez você seja um dos jornalistas do sudeste que a ignorem em troca de ibope, mas não acredito nisso por ser seu leitor há algum tempo. 

Confiando no seu bom senso, espero que faça um post se retratando do equivoco que cometeu dizendo ser o Flamengo o legítimo campeão de 1987. 

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Caro amigo, 

Essa discussão é aquela que toda vez que alguém começa surge outro pra dizer: “Porra, de novo?!”.  

Porque ela já deixou de ser uma discussão lógica e passou a ser uma discussão sustentada por paixão, não por razão. Até porque, por razão, outros tantos envolvidos sairiam manchados também, inclusive o meu time de coração, o São Paulo.

Mas, a verdade é a verdade. Não precisamos nos esquivar dela a troco de um rótulo da CBF ou da FIFA. São apenas entidades que oficializam papeis, mas não a emoção e a legitimidade de uma conquista. 

Em 1987 os clubes brasileiros fizeram tudo aquilo que sonhamos até hoje que façam: Se uniram, mandaram a CBF passear, arrecadaram mais dinheiro e fizeram sua liga, igual fazem na Europa e em qualquer país de melhor nível profissional que o nosso. 

Mas, para agradar esse ou aquele, a CBF resolveu se meter e assumiu o controle do que seria a segundona, módulo amarelo, como queiram.  Inventaram um cruzamento dos campeões da série A com os da série B, o que não faz o menor sentido. 

Dirão: Mas que absurdo os não rebaixados de 86 estarem na serie B! 

Sim, tão absurdo quanto dezenas de campeonatos brasileiros que contaram com mudanças de formulas e não rebaixaram os times do ano anterior, ou quando mudavam de 4 pra 8 classificados faltando 10 rodadas, entre outros. Ou seja, o argumento é valido, mas anula a legitimidade de 70% dos campeonatos já disputados aqui. 

Com um argumento: Era a criação de uma liga, e portanto não havia ligação com a última disputa de Brasileiro. Era por convite, e pra se iniciar um novo projeto, uma nova liga, convida quem pode, obedece quem tem juizo. Afinal, hipocrisia as favas, sem os 12 (mais Bahia) clubes que organizaram isso o futebol brasileiro não existe. Inclusive o Sport. 

Se é bonito ou não, não sei. Mas a vida é assim. Quando algo começa, quem começou é quem dita as regras. E quem organizou aquilo tudo foram os 12 clubes (mais Bahia) capazes de bater de frente com a CBF. Como se amanhã a F-1 perder 3 equipes e fundarem uma nova categoria, a Ferrari vai ditar as regras e não a Force India, porque quem dá importancia pra aquele novo projeto é a Ferrari. 

Enfim, vamos facilitar o basicão. 

Se os clubes da série A (modulo verde) se recusaram a jogar com o da série B fizeram bem. Seria patético uma decisão de titulo entre duas divisões, sejam elas criadas pelo criterio que foram. Se o Sport e Guarani acharam tão absurdo assim, deviam ter feito o chororô antes de começar, não depois. 

Os 13 clubes disseram que não jogariam com os times do modulo amarelo, portanto a decisão não foi do Flamengo ou do Inter, mas sim dos clubes que a enorme maioria do país torce. Eles optaram por isso e avisaram que não fariam jogo extra com ninguém.  Diga-se de passagem, decisão maravilhosa a de bancar o que foi feito no começo e não mudar DURANTE o campeonato pra agradar dirigentes de clubes que votam na CBF. É exatamente aquilo que pede o torcedor e a mídia: Coerencia.

O Sport foi considerado campeão e muita gente argumenta dizendo que foi o legítimo, que não teve “asterisco”, etc.

Ok, mas então, algumas perguntas:

É mais correto dar o titulo ao vencedor da série A, que cumpriu o que os clubes parceiros decidiram, ou ao time que NÃO VENCEU A SERIE B? 

Porque omitem a noticia de que o Sport nÃO VENCEU O GUARANI nos penaltis na final do módulo amarelo? Ficou 11×11, e acabou empatado.

Aí,  a CBF ignorou o “acordo” dos dois clubes, absolutamente anti-ético e fora de qualquer regra do futebol, e o título foi pro Sport na decisão do quadrangular. 

É legitimo?

Porque o Flamengo, pelo menos, venceu a decisão do seu modulo. E o Sport? 

Sejamos razoaveis. Aquele campeonato foi um passo fantastico pro futebol brasilero crescer, mas a CBF e clubes menores não aceitaram, deu no que deu. Somado a isso a covardia de alguns grandes, que abriram as pernas por outros interesses e deixaram a CBF ser co-organizadora do torneio. 

O Sport é um grande time, tem uma grande torcida e não precisa de um papel pra ser campeão brasileiro. Até porque, sabe que não é.  Pois se o Flamengo é questionado por não ter encarado o campeão da série B naquele ano, o que dirá do time que não venceu a série B ser campeão brasileiro sem enfrentar nenhum dos 16 maiores clubes do país naquele ano? 

Quem tem o caneco mais contestavel? 

Acho que o não campeão da B, que não jogou contra nenhum time da A, que nem sequer venceu o seu módulo, poderia e deveria ser bem mais questionado do que o titulo daquele que cumpriu o acordo entre os clubes, que se recusou a fazer o que a CBF queria e que manteve o combinado. 

Some isso ao lamentavel erro do meu SPFC em 2007, quando fez uma camisa “Penta Unico” e desmereceu um titulo de um rival pra vender camisa. Ignorou o que assinou, ignorou o campeonato que ajudou a criar, e passou por cima de um documento assinado pelo proprio Juvenal em 87, em nome do SPFC, dizendo que legitimava o Flamengo campeao de 87. 

O que é verdade tem que ser dito.  Eu reconheço que o meu clube fez algo bem feio e anti-ético, não tem problema. 

MAs acho que tá na hora do torcedor do Sport e dos anti-rubro-negros espalhados por ai buscarem argumentos mais solidos e menos incoerentes.

Porque a coisa mais comum que existe nesse pais é contestar a CBF e pedir que os clubes controlem o futebol.

Quando fazem… não vale. E aí os mesmos que pedem por isso, enchem o peito e dizem: “O Sport foi o legitimo campeão”.

Desculpa irmao. Eu agradeço seu email e espero não passar por mal educado. Mas ao meu ver, se tem alguem que tem uma taça e não foi campeão em 87 é o Sport, que sequer bateu o Guarani na final do seu módulo.

abs,

RicaPerrone

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Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Flamengo

Filipe Luis: meu calado favorito

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Era 2014. Eu escrevi ou falei alguma coisa sobre o tal do Filipe Luis lateral da seleção. Meu telefone tocou já tarde da noite e era uma mensagem de um amigo empresário do futebol que me dizia “eu concordo com 90% do que você escreve, mas sobre o Filipe você está errado”.

Eu havia dito que ele era um lateral muito burocrático. Que era muito bom jogador mas que eu tinha dúvidas da capacidade ofensiva dele.

Só que esse amigo é amigo também do Simeone. E ele me explicou que não era uma opção. O Simeone jamais daria liberdade naquele time pro lateral dele criar ou ficar indo a linha de fundo. Que o Filipe jogava muito dentro do que permitiam.

Ok, ouvi, guardei. Ele acabou não indo pra Copa, seguiu na Europa, saiu e voltou pro Atlético e nunca consegui ve-lo jogando com mais liberadade pra mudar de idéia até ele chegar ao Flamengo.

Um dia, já em 2023, um dirigente do meu SPFC me perguntou: “O que voce acha do Filipe Luis? Ta velho?”.

Respondi que não. Que caberia na zaga ou na lateral do Tricolor ainda. Hoje sei que a oferta foi feita, mas ele não aceitou. Tirando esse erro brutal de sua carreira que foi não ter jogado no SPFC, Filipe fez tudo certo.

Tão certo que é até constrangedor avalia-lo. Onde ficam os “poréns”?

Final de 2022 Filipe e eu conversamos pelo whatsapp e ele me disse algo que me deixou ainda mais seu fã. Falavamos sobre a Copa, a chance dele talvez estar nela, e eu brinquei que ele poderia ser chamado pra ser auxiliar do Tite. Ele me disse que se chamassem pra carregar as redes de bola no treino ele iria só pra estar com a seleção na Copa.

Cara, isso é muito foda. Ele falou isso em off, não pra ir pro ar e parecer interessado. Ele realmente abriria mão de tudo pra estar lá e ajudar a seleção. E eu ainda brinquei com ele (falando a verdade) que também pararia a carreira se me levassem pra empurrar as malas dos jogadores, meramente pra estar ali.

No final deste ano ele me ligou e combinamos de almoçar. Não o conhecia pessoalmente, só a relação comentarista/comentado mesmo. E em algumas horas eu conheci alguém que era exatamente como eu jurava que seria. Sereno, educado, cabeça boa, focado. Outro patamar, como eles gostam de dizer.

E por algum motivo que não me lembro qual, chegamos numa discussão sobre “poder”. E no meio disso eu falei pra ele que o “poder” é um equívoco, porque ele só te mata aos poucos em troca de ego. O “poder” que importa é outro. É o “poder” olhar seus filhos orgulhosos de você. “Poder” ver orgulho nos seus pais por quem você se tornou. “Poder” vencer sem ter prejudicado em ninguém.

E caraca, Filipe. Como tu é “poderoso”, irmão.

Quandos “podem” contar o que você conta? Quantos “podem” dar a sua família o que você dá pra sua? Quantos “podem” dizer que venceram na vida sem sombra de dúvida ou espaço pra interpretações?

Eu vou sentir muita falta daquele lateral meio calado, “burocrático” do Simeone e bem mais criativo do Jesus. Vou te dizer até que você não é um dos meus preferidos, pois óbviamente eu vou preferir um passado do futebol mais técnico e lento. Mas você foi o primeiro lateral brasileiro que hoje o mundo considera o ideal.

Você é a virada de chave. O lateral que joga, mas que marca. Alto, que cabeceia se precisar, que vira zagueiro, vira ponta e que não depende de dribles mágicos pra se tornar fundamental.

É o futebol de hoje. E por pioneirismo ou vocação, você foi o primeiro a entende-lo.

Boa sorte, Filipe! E muito obrigado por tanto.

Agora descansa que pelo jeito vou passar os próximos 20 anos discutindo se você escalou bem ou mal, se mexeu certo e se deve permanecer ou ser demitido. Porque é óbvio que você será protagonista no que quer que seja.

RicaPerrone

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Flamengo

Flamengo vive entre o alívio e a dor

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Não há prazer na Gávea. O que o Flamengo se transformou nos últimos anos é um projeto muito improvável de se tornar o Bayern do Brasil e conquistar todos os títulos meramente por obrigação de mantê-los.

O torcedor mais novo comprou o barulho. Acreditou na ideia e agora sofre com qualquer coisa que há poucos anos seria considerado um “resultado normal”.

A mídia embala, os influenciadores inflamam, e o Flamengo virou um clube que só alterna entre o alívio e a dor, excluindo o prazer.

Que graça existe na glória se ela for rotina? Se é glória, não é comum.

Entendo que o investimento é alto. Mas entendo o suficiente de futebol pra saber que onde se compra resultado com garantias é na Europa. Aqui, berço de craques, nunca se sabe se o que você comprou o rival não vai lançar da base. Ou se o treinador vai surtar, se o jogador vai cheirar, se o grupo vai rachar.

Aqui são outros 500. E mesmo que seja 2 mil, 500 ainda mudam resultados.

O Flamengo evita perder títulos. E isso é um absurdo tão grande que eu chego a sentir pena do que virou torcer pro Flamengo.

Hoje fala-se em “salvar o ano”. Ok, então ser campeão brasileiro é salvar o ano e não conquistar algo incrível? Que merda que deve ser viver na cabeça desse torcedor. Ele busca a glória como alívio e qualquer insucesso como tragédia. Não há gozo. Só dor e alívio.

Se o Flamengo ganhar o Brasileiro – e pode – será incrível! Não uma “salvada” no ano ruim.

Desde quando não ganhar a Libertadores é vexame? Como você, torcedor não acéfalo, compra esse discurso sensacionalista vazio de quem quer te pegar no calor da derrota pra vender clique?

Você está indo buscar um título enorme em cima de um rival. Se isso te soa como “salvar o ano” ou aliviar o que deu errado, você morreu pro futebol. A soma da arrogância de parte da diretoria do Flamengo com a soberba natural da torcida e a validação midiática do absurdo transformaram o Flamengo numa máquina de memes.

Porque não dá pra ser só grande e disputar títulos? Quem evita perder algo que não lhe pertence? Porque é tratado assim todo campeonato que o Flamengo disputa?

A Flapress sempre fez mal ao Flamengo. Hoje ela está somada a alguns influenciadores que não carregam a obrigação da isenção mas inflamam ainda mais a torcida nas horas de derrotas comuns.

Que sentido tem terminar o ano brigando por um título e ao invés de euforia só se fala em “salvar ano”?

Quem dera meus anos todos fossem salvos com um título brasileiro.

Desfrutem. Ser Flamengo não pode ser um peso, mas sim um prazer.

Vê-lo brilhar, lembra? Então…

RicaPerrone

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