O Vasco e o Respeito
Tudo gira em torno do “respeito”. O que por um século foi conquistado, por uma década maltratado e hoje busca ser resgatado.
O Vasco pede respeito, seu presidente tenta o impor. Sua torcida se divide em 90% que recusam e 10% que apoiam, embora urnas digam que não.
Mas respeito começa em casa. E um presidente não pode chamar a imprensa e anunciar pra uma torcida nem estar 90% acertado com o Ronaldinho, porque não está, e muito menos que “fechou com Léo Moura” sem sequer ter consultado o clube do lateral.
Pouco importa se o disse-me-disse dará mais razão ao jogador ou ao Vasco. Um dirigente não pode confirmar a contratação de um jogador que não foi contratado.
Porque? Porque vira piada, porque engana torcida, porque desfia o foco e porque as pessoas só podem acreditar no que se divulga, não no que de fato acontece.
Foi uma entrevista coletiva com o objetivo mais antigo do futebol: te fazer não discutir a má fase e gestão do clube.
Agora é Léo, Flamengo, polêmica, Ronaldinho, Fluminense, e o clássico. O momento do Vasco? Ah, bobagem.
Eurico é professor em dar baile na mídia esportiva. Ele faz dela o que bem entende e ela invariavelmente dá a ele o retorno que ele planejou.
Mas hoje, com web, redes sociais e tudo mais, a verdade aparece mais rápido que antigamente. Não é preciso o jornal de quarta-feira. Hoje mesmo Léo desmentiu, o clube americano prometeu processar o Vasco e tudo virou circo.
“Respeito” é a palavra mais dita no Vasco em 2015. Então, respeite o vascaíno.
abs,
RicaPerrone