Sem bola

Parrapapapapapá papá papá…

Oi. Aqui quem fala é o demônio da esquerda da semana. Como em alguns dias alguém me substituirá no cargo, eu vou ser rápido e aproveitar o “diálogo” pra dizer algumas coisinhas.

Tuitei 2 coisas que chocaram a turma do mimimi essa semana. Uma que eu preferia que a polícia matasse traficante do que prendesse. A outra que a maioria dos artistas dos Rock in Rio que pediam paz no palco cheiravam pó comprado de traficante no camarim.

Pronto. Virei satanás da minoria barulhenta.

Mas olha só, na real eu sou menos radical do que parece e até do que a maioria dos esquerdistas, que não suportam que alguém não seja o intelectual que vocês imaginam ser.

Eu respeito, embora ache tosco, suas manifestações pela paz. Nunca vi um bandido olhar pomba branca em Copacabana e dizer: “Po… taí! Parei.”.  Mas tá valendo. É tipo religião. Mal não faz. Segue aí.

Sabe o que minha opinião sobre o que fazer no morro contra traficantes muda na polícia? Nada. O mesmo que suas bolas de sabão pela paz.

Então, na condição de dois inúteis que acham coisas pra caralho e de fato não impactam em nada que possa mudar a violência, eu sugiro que sejam mais tolerantes com as pessoas que quando veêm um trabalhador baleado se preocupam primeiro com ele e não com a situação do bandido.

É natural. Embora pra vocês não seja, é uma questão de valores. E cada um tem os seus.

Eu não concordo com 100% do que acha o Bolsonaro, nem com o que acha o Jean Willys. Não sou paquita de nenhum deles. Acho maneiro toda briga pelo LGBT. Acho idiota a  exposição no Santander. Deu bug na sua cabecinha? Mas é possível.

Talvez quando o mundo tratar hipocrisia com mais naturalidade e aceitar o fato de sermos preconceituosos por instinto, que somos egoístas e que nossos discursos não se aplicam nas nossas atitudes, entenderemos porque vivemos num mundo a beira de outra guerra.

Veganos de banco de couro no carro. Comunistas que trabalham pra Fox.  Advogados que buscam justiça. Médicos que acreditam em Deus. Ateus que rezam em turbulência.

E 100% da população jura não se importar com a opinião alheia, e então vieram as redes socais e 95% de nós provou que era mentira.

Você acha que um cara de fuzil na mão apontado pra crianças tem cura. Eu não acho. Mas quando ele atirar na sua filha, você vai achar o que eu acho. Talvez nunca aconteça o contrário.

Talvez sua bola de sabão em Copacabana abraçado a artistas engajados seja a solução. Talvez o tiro que sugiro na testa de um bandido perigoso seja melhor.

Talvez o Lula seja inocente. Talvez o inocente seja você.

Talvez o cara de fuzil tenha cura. Talvez você tenha que morrer baleado pra ver que não.  Eu honestamente não sei. E como você, apenas “acho”.

#Paz

abs,
RicaPerrone

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