Quando o Galo cantou
Desde sexta-feira a insuportável procura por justificativas superou a busca por 9 pontos. Hoje, quando entrou em campo e viu a sua torcida aceitar trocar a exaltação ao time pela justificativa prévia de insucesso, o Galo podia ter acusado o golpe e a clara condição de “não favorito” diante do Flu.
Não acusou. Jogou como poucas vezes um time jogou no campeonato. Fez o que quase ninguém conseguiu fazer: parar o Fluminense.
Enquanto gritavam “vergonha”, perto de sairem envergonhados estavam. O Flu vencia, o Galo errava, mas dominava.
Quando despertados pelo futebol, no golaço de Jô, pela primeira vez no jogo a torcida do Galo lembrou-se de tentar ganhar do Flu, não de convencer o país de que foi “roubado” no Brasileirão, até porque, não foi.
E dali em diante, quando o Galo olhou pro Flu e não mais para o arbitro, cairam os narizes de palhaço daqueles que foram lá esperar uma palhaçada para poder reclamar.
Este sim, o que sai de casa esperando ser coitado, o verdadeiro palhaço.
Era Galo x Flu, e desde o minuto em que notaram isso, o placar se inverteu.
Num massacre, um show de bola e de vontade de conquistar o título, o Galo foi buscar seus 3 pontos mais do que merecidos. A “vergonha” perdia pro coro com o hino, as cores do FLu, ironicas no começo, sumiram para o alvi-negro exaltar o seu clube e não mais preparar a cama do “coitadismo” para se deitar.
Deu Galo, quando foi Galo.
E ainda dá, na bola, em campo, como gigante.
O que entra pra chorar, invariavelmente, chora.
O que entra pra vencer, talvez, vença.
Cantou de Galo, mostrou quem “apita” em BH. E se esquecer de quem apitar o resto, ainda pode apitar bem alto no fim.
abs,
RicaPerrone