Quem deu mais “sorte”?
Dizem que o Brasileirão de pontos corridos é justo. Eu acho mais injusto do que um apito amigo aos 44 no mata-mata. Mas, enfim, é tese pra 4 horas de discussão. Na medida em que chega o final do campeonato esperamos pra ver quem vai pegar mais times de férias e assim definir o título, a vaga, o rebaixamento.
Antes que isso aconteça, vou divulgar um levantamento interessante que mostra contra quem seu time jogou no campeonato.
Você logo pensa: Contra os mesmos de todos, ué?
Sim. Mas em que circunstancia? O Gremio terceiro ou o Grêmio décimo tu enfrentou? O Flamengo lanterna ou o nono colocado?
Rodada a rodada, uma estatística de contra qual posição do campeonato seu time jogou. E assim, por mais que seja obviamente apertada a margem, temos o caminho mais fácil e o mais complicado.
E após 33 rodadas, o time que teve um caminho mais simples foi justamente o líder Cruzeiro. Não que seja regra, afinal, o de tabela mais complicada não é o lanterna, mas um dos que mais sofrem pra entrar e ficar no G4: o Fluminense.
Na tabela ao lado você confere a posição média que cada time enfrentou até aqui. Ou seja, o Cruzeiro enfrentou em média o décimo primeiro colocado. O Fluminense, o nono.
Essa forma de ver a tabela também pode ser reavaliada com simples diferencial de adversários no G4 ou no Z4. E para esta tabela, pouca coisa muda em relação a primeira.
Temos aqui uma clara “vantagem” a Palmeiras, Inter e Cruzeiro, que enfrentaram mais times na zona de rebaixamento.
Mas também não da pra considerar tão absurdo o Cruzeiro ter só 4 adversários no G4 sendo que pra ele é G3, já que é parte dele o tempo todo quase.
Nota-se o mérito do São Paulo, que teve um caminho complicado. Talvez o mais complicado entre os que lutam por título.
Enquanto o Corinthians faz companhia ao Cruzeiro na tabela com menos “problemas” contra times do G4.
Avalie os números e entenda que, conforme for daqui pra frente, com entregas, times de férias e outros motivados, o campeonato de pontos corridos pode e tende a ser definida por resultados fabricados e não naturais.
Mas enquanto o Brasil enxergar o futebol como uma busca por justiça e não entretenimento, seguirá devendo e não entendendo porque dá prejuizo.
abs,
RicaPerrone