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Clubes

Você vai se lembrar desse post

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Há algo de muito ruim acontecendo no futebol brasileiro. E se nada for feito, não vamos virar Espanha. Vamos virar algo bem pior do que isso.

Existe um movimento começando a ganhar força entre clubes da série A pela volta do mata-mata no final do Brasileirão. Explico: segundo alguns deles a diferença de dinheiro faz com que clubes medianos disputem 38 rodadas praticamente sem disputar nada.

Esse seria um problema desportivo. Mas aí vem o segundo problema que não virá a público mas que já é fato. Os times que não querem subir.

A perspectiva da série A é tão reduzida e o campeonato tão “caro” que existem diversos clubes já preferindo ficar na série B do que disputar a série A. É mais negócio. Tal qual é tendência o clube com dono.

Assim sendo, imagine você, o que será bom negócio pro dono do clube? Ficar numa série C formando e vendendo jogador ou subir pra A, ter que gastar o triplo pra ser competitivo e manchar sua imagem com um rebaixamento iminente?

Os 10 milhões que se pagam num elenco pra cair da série A você investe no sub 15/17 sem subir da B ou até da C e vende 3 garotos lucrando 20. Se subir pra A e cair, prejuizo e o investimento na base é recolocado no profissional como urgência.

Clubes grandes também olham pro Brasileirão na rodada 17 e contestam o sentido do restante da temporada. Fosse como antigamente onde 8 se classificavam, todos estariam sonhando. Hoje só 3 ou 4 times sonham, um é absoluto favorito e 3 já se sentem rebaixados antes de virar o turno.

Há um movimento. Um tanto quanto comodista, é verdade. Vide Flamengo que se organizou e fez do mar de lama um prospero clube em 6 anos.

Mas é fato que na medida em que clubes vão aceitando a gestão profissional com “donos”, competir se torna menos interessante do que lucrar.

Entendeu porque nos EUA há uma busca das LIGAS por equilíbrio e não por justiça desportiva? Porque o dinheiro está acima. Vários clubes já negociam suas vendas ou o controle do futebol terceirizado.

Nos ultimos 13 anos um clube fora do G12 chegou entre os 4 do Brasileirão. Nos ultimos 13 anos 12 clubes fora do G12 chegaram entre os 4 da Copa do Brasil. No que você foca? Óbvio. E qual o que você disputa 80% do tempo?

É uma matemática muito simples: Se você tem um clube e pode lucrar 30 milhões formando jogador na B ou brincar de subir pra não ter nenhuma chance lá, você quer ficar ou subir?

Enquanto clube de sócios e torcedores, sempre haverá busca por resultado. Na medida em que essa transição estiver sendo feita, o futebol brasileiro corre sério risco.

O equilíbrio não é justo. Mas é um negócio. O futebol tende a virar negócio. O equilíbrio tende a virar uma pauta.

RicaPerrone

Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Cruzeiro

Saudades, mundo!

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Eu sinto muita falta do mundo real. Cada dia que passa eu me sinto mais enfiado num planeta virtual de pessoas que não existem ditando regras pra uma maioria covarde calada que as aceita em troca de paz.

Conseguiram achar homofobia numa piada que nem o cruzeirense se incomodou.

Nem mesmo a mais pura e acéfala paixão clubistica encontrou os problemas que a mídia caça no desespero por cliques.

Marcos Rocha chamou o Cruzeiro de “Marias”, apelido que os rivais usam pra tirar sarro do gigante Cruzeiro. E só.

Conseguiram colocar homofobia numa ligação dele e bota-lo na capa dos sites, as vésperas de ser campeão, de forma negativa.

As vezes acho que se o mundo fosse perfeito a imprensa não existiria. Ela é incapaz de extrair uma pauta de algo que não seja destruir alguém ou alguma coisa.

E segue o baile. Porque nós, que vivemos ainda em terra firme, achamos ridículo mas preferimos não confrontar a minoria doente e barulhenta que dita a sua vida hoje.

RicaPerrone

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Flamengo

Filipe Luis: meu calado favorito

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Era 2014. Eu escrevi ou falei alguma coisa sobre o tal do Filipe Luis lateral da seleção. Meu telefone tocou já tarde da noite e era uma mensagem de um amigo empresário do futebol que me dizia “eu concordo com 90% do que você escreve, mas sobre o Filipe você está errado”.

Eu havia dito que ele era um lateral muito burocrático. Que era muito bom jogador mas que eu tinha dúvidas da capacidade ofensiva dele.

Só que esse amigo é amigo também do Simeone. E ele me explicou que não era uma opção. O Simeone jamais daria liberdade naquele time pro lateral dele criar ou ficar indo a linha de fundo. Que o Filipe jogava muito dentro do que permitiam.

Ok, ouvi, guardei. Ele acabou não indo pra Copa, seguiu na Europa, saiu e voltou pro Atlético e nunca consegui ve-lo jogando com mais liberadade pra mudar de idéia até ele chegar ao Flamengo.

Um dia, já em 2023, um dirigente do meu SPFC me perguntou: “O que voce acha do Filipe Luis? Ta velho?”.

Respondi que não. Que caberia na zaga ou na lateral do Tricolor ainda. Hoje sei que a oferta foi feita, mas ele não aceitou. Tirando esse erro brutal de sua carreira que foi não ter jogado no SPFC, Filipe fez tudo certo.

Tão certo que é até constrangedor avalia-lo. Onde ficam os “poréns”?

Final de 2022 Filipe e eu conversamos pelo whatsapp e ele me disse algo que me deixou ainda mais seu fã. Falavamos sobre a Copa, a chance dele talvez estar nela, e eu brinquei que ele poderia ser chamado pra ser auxiliar do Tite. Ele me disse que se chamassem pra carregar as redes de bola no treino ele iria só pra estar com a seleção na Copa.

Cara, isso é muito foda. Ele falou isso em off, não pra ir pro ar e parecer interessado. Ele realmente abriria mão de tudo pra estar lá e ajudar a seleção. E eu ainda brinquei com ele (falando a verdade) que também pararia a carreira se me levassem pra empurrar as malas dos jogadores, meramente pra estar ali.

No final deste ano ele me ligou e combinamos de almoçar. Não o conhecia pessoalmente, só a relação comentarista/comentado mesmo. E em algumas horas eu conheci alguém que era exatamente como eu jurava que seria. Sereno, educado, cabeça boa, focado. Outro patamar, como eles gostam de dizer.

E por algum motivo que não me lembro qual, chegamos numa discussão sobre “poder”. E no meio disso eu falei pra ele que o “poder” é um equívoco, porque ele só te mata aos poucos em troca de ego. O “poder” que importa é outro. É o “poder” olhar seus filhos orgulhosos de você. “Poder” ver orgulho nos seus pais por quem você se tornou. “Poder” vencer sem ter prejudicado em ninguém.

E caraca, Filipe. Como tu é “poderoso”, irmão.

Quandos “podem” contar o que você conta? Quantos “podem” dar a sua família o que você dá pra sua? Quantos “podem” dizer que venceram na vida sem sombra de dúvida ou espaço pra interpretações?

Eu vou sentir muita falta daquele lateral meio calado, “burocrático” do Simeone e bem mais criativo do Jesus. Vou te dizer até que você não é um dos meus preferidos, pois óbviamente eu vou preferir um passado do futebol mais técnico e lento. Mas você foi o primeiro lateral brasileiro que hoje o mundo considera o ideal.

Você é a virada de chave. O lateral que joga, mas que marca. Alto, que cabeceia se precisar, que vira zagueiro, vira ponta e que não depende de dribles mágicos pra se tornar fundamental.

É o futebol de hoje. E por pioneirismo ou vocação, você foi o primeiro a entende-lo.

Boa sorte, Filipe! E muito obrigado por tanto.

Agora descansa que pelo jeito vou passar os próximos 20 anos discutindo se você escalou bem ou mal, se mexeu certo e se deve permanecer ou ser demitido. Porque é óbvio que você será protagonista no que quer que seja.

RicaPerrone

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