Rumos
O que fode o futebol brasileiro é a troca de poder nos clubes. Fossem empresas com dono teriam direção, não sendo se tornam um avião sem plano de vôo. Hoje pra leste, amanhã pra oeste, a gasolina nunca acaba embora seja mal administrada.
Na real esse avião é movido a paixão e por isso nunca cai. Caso contrário, meus caros, já teriam caído (e não me refiro a divisão) os 300 aviões que nosso futebol ostenta.
Flu manda Diniz embora. Quer Oswaldo. Troca brutal de conceito. Questionamos. E a resposta é óbvia: o conceito Diniz não foi uma opção dessa diretoria. Logo, não há incoerência pessoal embora seja brutal a institucional.
O Flu? Não. Pessoas. É assim que o futebol brasileiro funciona.
Entre a dúvida do novo e o limite conhecido do antigo, sou sempre a favor do novo. Prefiro pegar um treinador da série B do que um medalhão. Mas a gente conhece o Celso e o Mário de longa data. Se eles pudessem o Flu estaria em campo hoje com Marcão, Thiago Neves, Thiago Silva e Fred.
Ele tem a idéia de que o medalhão é quem garante resultado. Justa, foi assim que ele ganhou 2 brasileiros. Desatualizada, na medida em que hoje o Flu não tem um time capaz de decidir na técnica individual.
Gosto do Oswaldo, um puta sujeito. Não acho que seja o cara que o Flu precisa. Nem compreendo o escandalo da torcida já que as outras opções pra mim são muito parecidas: Mano e Dorival. Mais do mesmo.
Não compreender a mudança brutal de direção do Flu é não compreender como funciona o futebol brasileiro. E se der certo, amanhã entra outra diretoria e contratam o Parreira. E 6 meses depois outro diretor chama o técnico da base. E assim seguimos, sem entender nada nas mãos de quem muito entende mas pouco se alinha.
Pra mim a única chance de um time mediocre fazer algo diferente é através de um comando inovador. Caso contrário, na certeza da mediocridade técnica e e também do estilo já conhecido técnico, nada de diferente acontecerá. E talvez seja essa segurança que o Fluminense esteja querendo.
Boa sorte a ambos. Vão precisar.
RicaPerrone