Santos guerreiros
Tem alguns jogos do campeonato de pontos corridos onde ele te pergunta até onde você quer chegar. Hoje, mesmo me parecendo claro que o Fluminense não tenha notado, foi a primeira vez que o campeonato lhe perguntou isso.
A resposta foi “não sei”.
A vitória contra o Sport em casa pode parecer significar 3 pontos apenas. Mas não é isso. Se ganha hoje dorme em segundo ao lado do São Paulo, com um time não favorito a sua frente, o que lhe dá a condição de protagonista no campeonato.
Treina uma semana e muda o status, vira a chave. O time que não sabia se sobreviveria sem Unimed disputaria a liderança do campeonato já na sétima rodada, onde o quarto grande já teria sido enfrentado.
E então, sem talvez ter dimensionado as consequências deste jogo, o Fluminense entrou em campo absolutamente disposto a evitar uma derrota.
No intervalo alguma coisa mudou. Mais ousado, mas ainda um time muito bonzinho.
Eu faria embaixadas contra o Fluminense no Maracanã. Juro.
Esse time não tem ninguém que vá me dar um pontapé se eu fizer isso. E as vezes, como dizemos nos bares por aí, um time vencedor precisa de “um bandido”. Talvez dois. Mas um time todo de “atletas de cristo” é foda.
Gerson e Fred se revoltam. Os demais não reagem ao erro, ao apito, ao gol perdido. São bons garotos, mas o futebol não é um concurso para coroinha da igreja. É uma competição onde o sangue nos olhos faz pontos.
Fluzão! Guerreiros sorrindo de barba feita e gel no cabelo ninguém respeita.
abs,
RicaPerrone