Tem um “ministro” em cada um de nós
Um momento “divertido” de Ituano 1×1 São Paulo, tratado evidentemente com naturalidade num Brasil que clama por honestidade, mas que no fundo é “malandro” por inteiro.
Thiago leva o segundo amarelo. O juiz não nota num primeiro momento e então Ganso, que percebeu, grita pro treinador para “tira-lo” e manter o time com 11. Como se fosse possível que em 2016 com 200 cameras e analistas esse jogo não ser invalidado por isso na manhã seguinte.
Como se fosse terminar bem. Como se fosse preciso. Como se fosse “ser esperto” ao invés de na verdade se prestar a ser desonesto.
O pior tipo de bandido é o que rouba pouco. Esse faz porque faz. O que faz por muito tem ainda a prerrogativa, embora insuficiente para qualquer alívio de pena, da ocasião.
A malandragem está no dna do brasileiro e eu nem condeno isso culturalmente porque ninguém tem culpa de ter sido criado com essa mentalidade. A burrice é que me incomoda.
Onde o badalado treinador argentino, o Ganso e o Thiago acham que isso ia dar? Num fim de jogo tranquilo, numa semana normal e que eles seriam os fodões do grupo na segunda-feira? Que idéia cretina, inocente, baixa, típica de argentino, mas sugerida por brasileiros.
Paulo Henrique Ganso vive seu melhor momento no SPFC. Mas ontem, por alguns segundos, ao lado de Thiago e Bauza, exemplificou pro país todo que se pudermos ser Ministros pra escapar, seríamos todos.
abs,
RicaPerrone