Não dá pra esperar que dois times dos mais limitados dos grandes hoje no país façam um clássico tecnicamente brilhante. Nem que o Dorival faça mágica em 3 dias.
Dá pra sonhar que Mano Menezes já tenha tido tempo de “rascunhar” um novo Flamengo. E hoje, diante do 442 mais padrão possível do Vasco para não inventar, fez diferente.
Aquele sistema de 2 meias/atacantes abertos e 1 centroavante, modelo mundial de tática hoje em dia, não funcionou com o Flamengo nos últimos 12 meses. Mano resolveu que tentaria por este caminho, mas não deixou os caras presos na posição e ainda aproximou alguém do centroavante.
A formação ofensiva deixou o Vasco “tonto” nos primeiros 45 minutos. Carlos Eduardo trocava de lado o tempo inteiro, com Paulinho e Gabriel chegando das pontas e fechando. Presença dos laterais e as chegadas do Elias.
O Vasco não tinha estrutura defensiva pra segurar essa surpresa e por isso no primeiro tempo não conseguiu fazer quase nada além de tentar achar uma forma de parar o Flamengo.
É interessante como três passos pro lado fazem um jogador em péssima fase render. Carlos Eduardo parecia a vontade, buscando, sabendo onde ir e com quem alternar posição.
O Vasco, repito, não tem nada de muito novo pra apresentar. Chegou agora o Dorival, não tem o que fazer. O que tinha era um 442 simples pra não inventar demais. Ainda assim com o Eder e o André se mexendo, tentando dificultar a zaga do Flamengo.
Mano Menezes achou uma forma de tornar um ataque de pouca moral num problema. Sem conhece-los muito bem e sem saber exatamente onde eles estarão, fica bem mais complicado marca-los.
Juninho vem aí, vai dar bola parada ao Vasco e poder de organização ao jogo acelerado e sem controle do meio-campo. Não resolve. Só ajuda.
No duelo tático do Mané Garrincha, deu Mano de goleada. No placar, 1×0.
E foi merecido.
abs,
RicaPerrone