Um suicídio ao vivo e a cores
Eu gosto absurdamente do Tite. E por ser fã, por considera-lo um profissional brilhante e um ser humano acima da média, não consigo achar normal o que ele está fazendo desde o dia que a seleção se apresentou para a Copa em 2018.
Já faz quase 1 ano. E desde então o “ídolo” virou um cara contestado e que já nem chega a ser o preferido da maioria. Só que desta vez, não exatamente pelo resultado em campo, o treinador da seleção está causando isso sozinho.
Não vai dar pra, desta vez, dizer que a imprensa persegue o técnico. É um raro caso onde a imprensa escolheu o treinador junto de todo país, logo, todos queriam que desse certo e, até certo ponto, deu.
Mas Tite trai o Tite. E então não sabemos mais em quem confiar.
O Tite sensato desfalca jogadores de clubes na semifinal de um torneio nacional para um amistoso sem sentido. Apanha, não recua, gera rejeição a troco de nada. E não, não vem com conversa de teste. Eles seriam testados numa decisão e não jogando contra El Salvador.
Desde a Copa onde a coerência foi se perdendo dia após dia, da saida do Marquinhos sem a menor explicação até a entrada do Coutinho no meio, cedendo a pressão de torcedor e abrindo mão de um sistema equilibrado.
O paizão foi virando o vovô que o neto engana. As decisões são confusas, os critérios meio absurdos. Os jogadores altamente cotados somem de repente da lista e outros que atuam em alto nível perdem espaço pra quem outro dia fez alguns bons jogos.
Tite nos encantava pela coerência, e de fato houve até o dia da convocação. Dali pra frente Tite desmentiu tudo que pregava, tudo que acreditava e nos deu a sensação de um engano.
Não tem a ver com o Panamá. Na verdade eu até gosto como bom supersticioso que o Brasil chegue contestado na Copa América. Assim a gente ganha.
Mas o “plano de vôo” não é claro. Embora pilotos, aeronave, cia aérea e tripulação sejam muito bons.
RicaPerrone