Segunda é o c…
Tudo era permitido, menos uma palavra. Naquele Maracanã cheio de fé, força e desconfiança, os assuntos eram os mais diversos. De Dorival a Fred, passando pelo mensalão e até pela queda da perimetral, tudo era pauta para disfarçar o tema que assombrava 30 mil pessoas.
Euzébio, o adorável “filho da puta” que não podia pegar na bola, ouvia até pelo que não fazia. Bastava um erro no ataque e alguém logo lembrava a mãe do zagueirão, o vilão da vez.
Gente. Muita gente.
O Fluminense estava acolhido, em casa, e não fez cerimonia alguma para explicar com os pés porque está na situação que está.
Jogou nada. Uma partida de doer a vista.
Mas ele ia vencer, era óbvio. O Náutico é uma brincadeira de mau gosto em 2013. Basta um coletivo contra 11 cones de rodinhas e teremos um gol naquela defesa.
Mas, sejamos honestos. Quem se importa com a defesa do Náutico?
Havia o Flu, o Maracanã e um gol a ser feito. No mínimo.
Wagner, que dorme quase sempre, teve um de seus lampejos que ainda lhe empregam. Golaço, 1×0.
Intervalo, ninguém toca no assunto. Eles mentem tão bem.
Quase me esqueci o que foram fazer lá. Até que Samuel marca o segundo e eles não resistem mais.
Sem vergonha nenhum do objetivo, menos ainda de assumir o inimigo da noite, a torcida explode em um coro que desabafa a alma.
Aos berros, todos, da garotinha loirinha mimada ao menos abastado dos tricolores. Uma só voz, um só desejo.
Uma ordem. Um pedido.
“Segunda é o caralho!”.
abs,
RicaPerrone