Duas copas se passaram, dezenas de jogos pela seleção. Kaká é um grande jogador, uma pessoa do bem, tenho minhas ressalvas a sua postura, porém, o negócio é em campo.
E em campo, a 10 da seleção é uma coisa séria. Quando se veste este manto sagrado sem igual, devemos ter a noção do que representa e do quanto podemos carregar.
Kaká não é culpado da geração que temos, mas tem sua parcela ao sair dizendo que assume a liderança, que é um referencial, que aceita a posição de “craque” do time, etc.
Simplesmente porque não é.
Kaká não é 10, é 8.
Aquele que atua ao lado do craque. Aquele que dá suporte, não aquele que resolve.
Kaká é um jogador incapaz de levantar a mão e pedir uma bola quando o jogo está difícil. Se esconde, como se escondeu em 2006.
Um ótimo jogador ao lado de outros que chamam por ele. Quando vira referência principal, costuma jogar bem quando o time está ganhando.
Acho que está pra lá de comprovado que temos um ótimo meia, mas que não pode assumir o papel de líder, camisa 10, organizador de jogo da seleção.
Kaká é 8.
Dez, não temos.
abs,
RicaPerrone