GrêmioSão Paulo

A receita do pão com ovo

Parece simples, e é. Você abre o pão, frita um ovo e joga dentro. Mas a gourmetização do mundo gerou CEOS de pães com ovos, consultores de farinha, centenas de formados em marketing da galinha e aí fuderam com o lanche mais fácil do mundo.

É simples.

Você pega um time que você ama e joga contra um time forte que você respeita. Faz esse jogo valer alguma coisa, diz pro torcedor que o jogo é bom e que ele pode pagar, levar os filhos, os amigos. E lá está, segunda-feira, no frio Morumbi, distante, ruim de chegar e sair, as 20h, com recorde de público.

Ah mas o torcedor do São Paulo… não! Não é uma referência. Nunca foi. Ou seja, o convite era bom. Logo, os convidados iriam.

O pão, o ovo, o fim da fome.

30 reais, 20 reais. Ingresso de jogo de futebol partindo disso. Você não limita ninguém, não exclui que o estádio tenha uma ampla parte de setores caros e o time faturou 1 milhão de reais.

Mas como, ó senhor?! É um milagre? O Santo Paulo multiplicou os pães? Não, querido. Só inverteu a conta, e talvez além de ter tido a casa cheia ainda arrumou um ponto que talvez não levasse com 20 mil pessoas.

Quem foi hoje, volta. Porque quem vai em jogo lotado se apaixona. São alguns mil convertidos no único templo que torna fãs em torcedores: o estádio.

Empatou.

Mas se eu pudesse, com todo respeito ao Grêmio que joga mais, tem mais time e não tem nada com isso, eu daria uma goleada ao SPFC apenas pelo fato de ter tido uma noite pura de futebol entre os seus. Pouca coisa importa mais do que isso no futebol.

Ainda que os CEOs não descubram isso porque não tem aula de paixão em faculdade.

abs,
RicaPerrone

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