Dá pra mudar
Infelizmente não me sinto a vontade pra cagar uma regra sobre o psicológico de alguém sem conhecer tanto o assunto quanto a pessoa. Então, me limitarei a discutir o que posso.
Porque é tão impossível imaginar uma seleção com nova formação? Qual o absurdo em pensar em Henrique pra vaga do Luiz Gustavo, por exemplo?
E será mesmo que jogar com 3 zagueiros é uma alternativa retranqueira?
O time do Brasil, ao contrário do que foi nas Confederações, tem jogado desta forma:
Com Hulk de um lado, Oscar de outro e o Neymar centralizado atrás do Fred buscando jogo. Este desenho aparece inclusive no mapa de posicionamento estatístico das partidas do Brasil.
Como o Neymar busca muito jogo pelas beiradas, não tem meio campo. A bola é esticada pro Fred ou aberta pelas pontas. Sem Luiz Gustavo Felipão pode apenas trocar um nome ou mexer num sistema.
Abaixo o time com 3 zagueiros. Não resolveria todos os problemas do mundo, mas ficaria menos previsível, daria liberdade aos laterais pra fazer a única coisa que sabem e empurraria Neymar e Hulk (ou Fred) mais pro meio.
Gosto? Gosto sim. Mas se você me perguntar o que eu mais gostaria de ver, talvez fosse o esquema abaixo.
Com 2 meias, 2 atacantes, 2 volantes, simples, sem delírios, esquemas mirabolantes e com bola no chão, que é o que nos diferencia. Não suporto a idéia de apostar em bola aérea numa seleção que tem no improviso com os pés 90% de sua força.
Felipão não vai fazer isso. Por coerência, conceito, seja o que for. Mas quanto mais ele se aproximar disso, acho que aumenta a bolas nos pés, as jogadas menos diretas e um time menos previsível.
Prender o Oscar a uma ponta é desperdício. Ele sozinho no meio não aguenta. É duro ser Felipão também.
Mas ainda assim, mais duro é ser adversário do Brasil.
E nós vamos passar pela Colômbia.
abs,
RicaPerrone