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Flamengo

Põe no chão, Mengão!

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As vezes a gente reclama que um time ataca pouco, que é muito lento, que demora pra chegar no gol, etc. Mas, em alguns casos, nota-se que o extremo oposto não ajuda muito. Em busca deste “meio termo”, Petkovic pode ser a solução rubro-negra.

A volta de Maldonado, ao contrário do que parece, tem muito a ver com isso.

Olha pro time do Flamengo. É fácil perceber.

Você toma a bola e tem Juan, Léo Moura, V. Pacheco, Willians, Toró e Kleberson pra começar o ataque.

Em qualquer um deles, quando a bola cair, tirando o Kleberson (caso para linhas adiante), ela será carregada em velocidade.  E, ao fazer isso, causará um contra-ataque rápido, muito perigoso, porém, as vezes desnecessário.

Todos eles tem essa característica. E quando não correm, tentam lançar. O jogo fica rápido demais. E toda vez que você acelera demais um jogo, a bola pode chegar lá na frente mais rápido, porém, também volta pro adversário mais rápido.

O Flamengo está jogando contra times pequenos no Carioca. Tirando os clássicos, claro.

Isso é ótimo na Libertadores, fora de casa. Péssimo, em casa.

Não há espaço pra correr com a bola quando você ataca o adversário se defende. E essa outra alternativa cabe ao Pet, que é o sujeito que pára a bola, espera o time se postar ofensivamente e busca uma jogada trabalhada mais lenda. Que se não vai “surpeeender” o adversário no contra-golpe, também não vai deixar sua defesa o tempo todo no mano-a-mano.

Poucos notam, mas o sistema defensivo de um time passa, e muito, pela forma de atacar.

Se eu pegar a bola e meter lá na frente 10 vezes, eu tenho 10 chances de acertar e matar o jogo. Ok.

Mas, é naturalmente mais fácil que a bola seja retomada em casos de lançamentos longos. Assim sendo, volta pro adversário mais rápido. Não a toa, o Vasco teve mais posse e chutou 23 bolas no gol do Fla ontem, que chutou menos da metade disso.

Essa opção de jogo, porém, passa pelo Maldonado.

Toró e Willians tem velocidade. Eles saem com o time quando tem a bola e também, convenhamos, são meio “animadinhos” demais quando vão tomar a bola, o que gera cartões.

Maldonado é mais fixo, e marca melhor.

Assim, a entrada do Pet torna o time menos vulnerável do que se tornaria hoje.  Talvez o Andrade esteja esperando essa peça para poder usar a outra. E faz sentido.

Kleberson podia fazer essa função?

Não.

Ele atual entre a zaga e os meias ofensivos, onde, em tese, devia segurar a bola e soltar com qualidade para iniciar o ataque. Mas, como o Flamengo pega a bola e em 4 passes quer estar na cara do gol, o Kleberson fica sem função.

Não marca demais, nem apoia, nem cria. Está perdido, e não é apenas má fase dele. É um problema tático do time.

Ele se torna importante ao lado do Pet, onde terá como chegar pra apoiar e, sem a bola, se postar atrás do servio para dar a primeira bola na saída de jogo. Hoje, como as bolas todas indo pros alas logo de cara, ele fica absolutamente sem função em campo.

É sedutor ter 2 atacantes como Love e Imperador. Você tende a meter a bola na frente sempre, pois a chance deles resolverem é boa. Mas, as vezes, até por uma questão defensiva, se faz necessário prender a bola e esperar um pouco mais. Esse “vai e vem” na defesa abre espaço para, uma hora, o rival acertar e encaixar uma bola boa.

Pet, ou talvez o Ramon, que não conhecemos bem ainda. Mas o Flamengo precisa desacelerar o jogo. Está dando arma pro adversário a toa, não precisa disso.

E a entrada do Pet, pra mim, está atrelada a volta do Maldonado.

Nada contra o Vinicius. Acho bom jogador. Mas é muito mais negócio iniciar o time com cadencia e usar um contra-golpista no segundo tempo do que o contrário.

Prefiro o Pet de titular. Depois, conforme o jogo, usa o bom Pacheco.

abs,
RicaPerrone

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Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Flamengo

Filipe Luis: meu calado favorito

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Era 2014. Eu escrevi ou falei alguma coisa sobre o tal do Filipe Luis lateral da seleção. Meu telefone tocou já tarde da noite e era uma mensagem de um amigo empresário do futebol que me dizia “eu concordo com 90% do que você escreve, mas sobre o Filipe você está errado”.

Eu havia dito que ele era um lateral muito burocrático. Que era muito bom jogador mas que eu tinha dúvidas da capacidade ofensiva dele.

Só que esse amigo é amigo também do Simeone. E ele me explicou que não era uma opção. O Simeone jamais daria liberdade naquele time pro lateral dele criar ou ficar indo a linha de fundo. Que o Filipe jogava muito dentro do que permitiam.

Ok, ouvi, guardei. Ele acabou não indo pra Copa, seguiu na Europa, saiu e voltou pro Atlético e nunca consegui ve-lo jogando com mais liberadade pra mudar de idéia até ele chegar ao Flamengo.

Um dia, já em 2023, um dirigente do meu SPFC me perguntou: “O que voce acha do Filipe Luis? Ta velho?”.

Respondi que não. Que caberia na zaga ou na lateral do Tricolor ainda. Hoje sei que a oferta foi feita, mas ele não aceitou. Tirando esse erro brutal de sua carreira que foi não ter jogado no SPFC, Filipe fez tudo certo.

Tão certo que é até constrangedor avalia-lo. Onde ficam os “poréns”?

Final de 2022 Filipe e eu conversamos pelo whatsapp e ele me disse algo que me deixou ainda mais seu fã. Falavamos sobre a Copa, a chance dele talvez estar nela, e eu brinquei que ele poderia ser chamado pra ser auxiliar do Tite. Ele me disse que se chamassem pra carregar as redes de bola no treino ele iria só pra estar com a seleção na Copa.

Cara, isso é muito foda. Ele falou isso em off, não pra ir pro ar e parecer interessado. Ele realmente abriria mão de tudo pra estar lá e ajudar a seleção. E eu ainda brinquei com ele (falando a verdade) que também pararia a carreira se me levassem pra empurrar as malas dos jogadores, meramente pra estar ali.

No final deste ano ele me ligou e combinamos de almoçar. Não o conhecia pessoalmente, só a relação comentarista/comentado mesmo. E em algumas horas eu conheci alguém que era exatamente como eu jurava que seria. Sereno, educado, cabeça boa, focado. Outro patamar, como eles gostam de dizer.

E por algum motivo que não me lembro qual, chegamos numa discussão sobre “poder”. E no meio disso eu falei pra ele que o “poder” é um equívoco, porque ele só te mata aos poucos em troca de ego. O “poder” que importa é outro. É o “poder” olhar seus filhos orgulhosos de você. “Poder” ver orgulho nos seus pais por quem você se tornou. “Poder” vencer sem ter prejudicado em ninguém.

E caraca, Filipe. Como tu é “poderoso”, irmão.

Quandos “podem” contar o que você conta? Quantos “podem” dar a sua família o que você dá pra sua? Quantos “podem” dizer que venceram na vida sem sombra de dúvida ou espaço pra interpretações?

Eu vou sentir muita falta daquele lateral meio calado, “burocrático” do Simeone e bem mais criativo do Jesus. Vou te dizer até que você não é um dos meus preferidos, pois óbviamente eu vou preferir um passado do futebol mais técnico e lento. Mas você foi o primeiro lateral brasileiro que hoje o mundo considera o ideal.

Você é a virada de chave. O lateral que joga, mas que marca. Alto, que cabeceia se precisar, que vira zagueiro, vira ponta e que não depende de dribles mágicos pra se tornar fundamental.

É o futebol de hoje. E por pioneirismo ou vocação, você foi o primeiro a entende-lo.

Boa sorte, Filipe! E muito obrigado por tanto.

Agora descansa que pelo jeito vou passar os próximos 20 anos discutindo se você escalou bem ou mal, se mexeu certo e se deve permanecer ou ser demitido. Porque é óbvio que você será protagonista no que quer que seja.

RicaPerrone

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Flamengo

Flamengo vive entre o alívio e a dor

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Não há prazer na Gávea. O que o Flamengo se transformou nos últimos anos é um projeto muito improvável de se tornar o Bayern do Brasil e conquistar todos os títulos meramente por obrigação de mantê-los.

O torcedor mais novo comprou o barulho. Acreditou na ideia e agora sofre com qualquer coisa que há poucos anos seria considerado um “resultado normal”.

A mídia embala, os influenciadores inflamam, e o Flamengo virou um clube que só alterna entre o alívio e a dor, excluindo o prazer.

Que graça existe na glória se ela for rotina? Se é glória, não é comum.

Entendo que o investimento é alto. Mas entendo o suficiente de futebol pra saber que onde se compra resultado com garantias é na Europa. Aqui, berço de craques, nunca se sabe se o que você comprou o rival não vai lançar da base. Ou se o treinador vai surtar, se o jogador vai cheirar, se o grupo vai rachar.

Aqui são outros 500. E mesmo que seja 2 mil, 500 ainda mudam resultados.

O Flamengo evita perder títulos. E isso é um absurdo tão grande que eu chego a sentir pena do que virou torcer pro Flamengo.

Hoje fala-se em “salvar o ano”. Ok, então ser campeão brasileiro é salvar o ano e não conquistar algo incrível? Que merda que deve ser viver na cabeça desse torcedor. Ele busca a glória como alívio e qualquer insucesso como tragédia. Não há gozo. Só dor e alívio.

Se o Flamengo ganhar o Brasileiro – e pode – será incrível! Não uma “salvada” no ano ruim.

Desde quando não ganhar a Libertadores é vexame? Como você, torcedor não acéfalo, compra esse discurso sensacionalista vazio de quem quer te pegar no calor da derrota pra vender clique?

Você está indo buscar um título enorme em cima de um rival. Se isso te soa como “salvar o ano” ou aliviar o que deu errado, você morreu pro futebol. A soma da arrogância de parte da diretoria do Flamengo com a soberba natural da torcida e a validação midiática do absurdo transformaram o Flamengo numa máquina de memes.

Porque não dá pra ser só grande e disputar títulos? Quem evita perder algo que não lhe pertence? Porque é tratado assim todo campeonato que o Flamengo disputa?

A Flapress sempre fez mal ao Flamengo. Hoje ela está somada a alguns influenciadores que não carregam a obrigação da isenção mas inflamam ainda mais a torcida nas horas de derrotas comuns.

Que sentido tem terminar o ano brigando por um título e ao invés de euforia só se fala em “salvar ano”?

Quem dera meus anos todos fossem salvos com um título brasileiro.

Desfrutem. Ser Flamengo não pode ser um peso, mas sim um prazer.

Vê-lo brilhar, lembra? Então…

RicaPerrone

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