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Flamengo

Covardia estraga festa

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Todos esperavam uma tarde de Luis Fabiano e Ronaldinho Gaúcho.  Mas graças a Fabrício Neves Correa, o arbitro do jogo, os nomes foram Luxemburgo e Adílson Batista.  Um porque errou muito, alterando o panorama do jogo em 3 oportunidades. Os outros porque foram os responsáveis diretos pela consequência das bobagens do juiz.

Fabrício expulsa Lucas, que dizem ter tomado um dos amarelos injustamente (não vi esse replay ainda). Ali é colocada a seguinte questão aos dois técnicos: Quer ser campeão ou quer manter emprego?

E a resposta foi dentro do esperado.

Luxemburgo aperta a tecla “dane-se” e mete um atacante no mesmo minuto. Empatar fora não lhe colocaria na forca. Perder, sim. Mas, é característica incontestável do Luxemburgo a tendência a ousar vencer.  O que me faz fã dele, diga-se.

Do outro lado o sujeito saca Luis Fabiano, previsto, mas coloca o Carlinhos Paraíba. O Morumbi, menos teimoso e covarde que o seu comandante, vaia e já percebe a tendência natural do jogo.

O Flamengo vai pra cima, o Adílson trouxe todo time do SPFC para trás e o ataque x defesa estava desenhado.

Até que foi rápido. O Flamengo fez o gol com Thiago Neves, numa das raras bolas em que o Rogério não salvou a pátria.

Aí tem que agredir, né Adílson?  E aí ele mete o Henrique e faz o óbvio, que deveria ter feito quando teve Lucas expulso. Pra que outro volante se o Cícero é um volante improvisado de meia?

Adílson sem três volantes se sente nu.

Ainda assim, é sortudo. Williams é expulso num lance onde a TV mostra ele sequer tocando no Paraíba.  Mas o juiz marca e expulsa, compensando a saída do Lucas.

Dagoberto empata num golaço de fora da área.  Em seguida, o arbitro afina feio e deixa o autor do gol em campo, quando deveria ser expulso.

No momento em que o Flamengo reclamava, se sentia “roubado” e já via o empate como inevitável, surge a salvação do dia: Paraíba, de novo.

Renato chuta mal, ela desvia no “cone de rodinhas” do Morumbi. O  novo Richarlyson, injustificável peça chave de engrenagem nenhuma,  desvia de Rogério e o Flamengo faz 2×1.

E faz com méritos. Porque se não fez uma partida maravilhosa, voltou a ter sua principal característica do começo do ano: A calma e o controle do que está fazendo.

Sem chutão, tocando de lado, tentando prender a bola, não devolvendo fácil, esperando a hora certa e confiando nos talentos que tem na frente.

Funcionou, como funcionou por 8 meses.

Não diria que a “não expulsão” do Dagoberto determinaria uma injustiça no placar caso empatasse.

Mas é fácil notar que a postura do Adílson, de novo, não merecia algo melhor do que uma derrota.

O gigante do Morumbi não se impõe em casa diante de ninguém.  Fruto de uma mentalidade absurda de resultados e menosprezo a grandeza do clube.

O Flamengo, sem ter nada com isso, levou pra casa a esperança de ainda brigar pelo título.

O São Paulo é terceiro colocado. E eu pergunto aos mesmos tricolores que sempre argumentaram a favor de resultados: E aí? Resultado é tudo? Tá satisfeito?

Acho que hoje entendem melhor a minha indignação com a filosofia “não joga, mas vence” do SPFC.

Era dia de espetáculo no Morumbi.

Morumbi? Festa? Espetáculo? Diversão?

Errou de endereço. Era no Municipal, lembra?

Continua sendo.

E na Gávea, onde muitos questionam o Luxemburgo, eu recorro a Zezé e Luciano: “É do inferno que se vê o paraíso”.

abs,
RicaPerrone 

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Atlético MG

Saldo de compra e venda dos últimos 10 anos

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Nos últimos 10 anos os grandes clubes do Brasil alternaram momentos. Alguns em profunda crise, outros nadando em ouro, mas todos ainda tendo nas receitas de jovens uma grande parte do seu faturamento.

E portanto, considerando as temporadas 14/15 até a 23/24, fizemos um balanço de acordo com os dados do Transfermark sobre o fluxo de compra e venda de jogadores de cada um dos 12 grandes.

Claro que existem salários, luvas, “compras” sem repasse ao ex-clube por fim de contrato. Mas aqui consta apenas o que é valor final e oficial.

Quanto seu clube comprou e vendeu nos últimos 10 anos?

Algumas curiosidades sobre:

  • O Fluxo de compra e venda do Grêmio, somado a resultados, nos últimos 10 anos é muito bom.
  • O Fluminense segue vendendo suas jóias e comprando pouco tendo recentemente conquistado títulos em 2023.
  • O Flamengo é uma máquina de ganhar e gastar.
  • O Botafogo tem uma divisão de base terrível. Não gera quase nada ao clube.
  • O investimento do Vasco foi quase todo feito em 22/23.
  • A temporada de maior gasto foi a do Flamengo de 19/20, com 250 milhões em contratações.
  • A maior janela de vendas também foi do Flamengo em 18/19 com 483 milhões de reais.
  • Nenhum dos 12 grandes comprou mais do que vendeu no saldo dos últimos 10 anos.

Rica Perrone

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Flamengo

Filipe Luis: meu calado favorito

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Era 2014. Eu escrevi ou falei alguma coisa sobre o tal do Filipe Luis lateral da seleção. Meu telefone tocou já tarde da noite e era uma mensagem de um amigo empresário do futebol que me dizia “eu concordo com 90% do que você escreve, mas sobre o Filipe você está errado”.

Eu havia dito que ele era um lateral muito burocrático. Que era muito bom jogador mas que eu tinha dúvidas da capacidade ofensiva dele.

Só que esse amigo é amigo também do Simeone. E ele me explicou que não era uma opção. O Simeone jamais daria liberdade naquele time pro lateral dele criar ou ficar indo a linha de fundo. Que o Filipe jogava muito dentro do que permitiam.

Ok, ouvi, guardei. Ele acabou não indo pra Copa, seguiu na Europa, saiu e voltou pro Atlético e nunca consegui ve-lo jogando com mais liberadade pra mudar de idéia até ele chegar ao Flamengo.

Um dia, já em 2023, um dirigente do meu SPFC me perguntou: “O que voce acha do Filipe Luis? Ta velho?”.

Respondi que não. Que caberia na zaga ou na lateral do Tricolor ainda. Hoje sei que a oferta foi feita, mas ele não aceitou. Tirando esse erro brutal de sua carreira que foi não ter jogado no SPFC, Filipe fez tudo certo.

Tão certo que é até constrangedor avalia-lo. Onde ficam os “poréns”?

Final de 2022 Filipe e eu conversamos pelo whatsapp e ele me disse algo que me deixou ainda mais seu fã. Falavamos sobre a Copa, a chance dele talvez estar nela, e eu brinquei que ele poderia ser chamado pra ser auxiliar do Tite. Ele me disse que se chamassem pra carregar as redes de bola no treino ele iria só pra estar com a seleção na Copa.

Cara, isso é muito foda. Ele falou isso em off, não pra ir pro ar e parecer interessado. Ele realmente abriria mão de tudo pra estar lá e ajudar a seleção. E eu ainda brinquei com ele (falando a verdade) que também pararia a carreira se me levassem pra empurrar as malas dos jogadores, meramente pra estar ali.

No final deste ano ele me ligou e combinamos de almoçar. Não o conhecia pessoalmente, só a relação comentarista/comentado mesmo. E em algumas horas eu conheci alguém que era exatamente como eu jurava que seria. Sereno, educado, cabeça boa, focado. Outro patamar, como eles gostam de dizer.

E por algum motivo que não me lembro qual, chegamos numa discussão sobre “poder”. E no meio disso eu falei pra ele que o “poder” é um equívoco, porque ele só te mata aos poucos em troca de ego. O “poder” que importa é outro. É o “poder” olhar seus filhos orgulhosos de você. “Poder” ver orgulho nos seus pais por quem você se tornou. “Poder” vencer sem ter prejudicado em ninguém.

E caraca, Filipe. Como tu é “poderoso”, irmão.

Quandos “podem” contar o que você conta? Quantos “podem” dar a sua família o que você dá pra sua? Quantos “podem” dizer que venceram na vida sem sombra de dúvida ou espaço pra interpretações?

Eu vou sentir muita falta daquele lateral meio calado, “burocrático” do Simeone e bem mais criativo do Jesus. Vou te dizer até que você não é um dos meus preferidos, pois óbviamente eu vou preferir um passado do futebol mais técnico e lento. Mas você foi o primeiro lateral brasileiro que hoje o mundo considera o ideal.

Você é a virada de chave. O lateral que joga, mas que marca. Alto, que cabeceia se precisar, que vira zagueiro, vira ponta e que não depende de dribles mágicos pra se tornar fundamental.

É o futebol de hoje. E por pioneirismo ou vocação, você foi o primeiro a entende-lo.

Boa sorte, Filipe! E muito obrigado por tanto.

Agora descansa que pelo jeito vou passar os próximos 20 anos discutindo se você escalou bem ou mal, se mexeu certo e se deve permanecer ou ser demitido. Porque é óbvio que você será protagonista no que quer que seja.

RicaPerrone

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Flamengo

Flamengo vive entre o alívio e a dor

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Não há prazer na Gávea. O que o Flamengo se transformou nos últimos anos é um projeto muito improvável de se tornar o Bayern do Brasil e conquistar todos os títulos meramente por obrigação de mantê-los.

O torcedor mais novo comprou o barulho. Acreditou na ideia e agora sofre com qualquer coisa que há poucos anos seria considerado um “resultado normal”.

A mídia embala, os influenciadores inflamam, e o Flamengo virou um clube que só alterna entre o alívio e a dor, excluindo o prazer.

Que graça existe na glória se ela for rotina? Se é glória, não é comum.

Entendo que o investimento é alto. Mas entendo o suficiente de futebol pra saber que onde se compra resultado com garantias é na Europa. Aqui, berço de craques, nunca se sabe se o que você comprou o rival não vai lançar da base. Ou se o treinador vai surtar, se o jogador vai cheirar, se o grupo vai rachar.

Aqui são outros 500. E mesmo que seja 2 mil, 500 ainda mudam resultados.

O Flamengo evita perder títulos. E isso é um absurdo tão grande que eu chego a sentir pena do que virou torcer pro Flamengo.

Hoje fala-se em “salvar o ano”. Ok, então ser campeão brasileiro é salvar o ano e não conquistar algo incrível? Que merda que deve ser viver na cabeça desse torcedor. Ele busca a glória como alívio e qualquer insucesso como tragédia. Não há gozo. Só dor e alívio.

Se o Flamengo ganhar o Brasileiro – e pode – será incrível! Não uma “salvada” no ano ruim.

Desde quando não ganhar a Libertadores é vexame? Como você, torcedor não acéfalo, compra esse discurso sensacionalista vazio de quem quer te pegar no calor da derrota pra vender clique?

Você está indo buscar um título enorme em cima de um rival. Se isso te soa como “salvar o ano” ou aliviar o que deu errado, você morreu pro futebol. A soma da arrogância de parte da diretoria do Flamengo com a soberba natural da torcida e a validação midiática do absurdo transformaram o Flamengo numa máquina de memes.

Porque não dá pra ser só grande e disputar títulos? Quem evita perder algo que não lhe pertence? Porque é tratado assim todo campeonato que o Flamengo disputa?

A Flapress sempre fez mal ao Flamengo. Hoje ela está somada a alguns influenciadores que não carregam a obrigação da isenção mas inflamam ainda mais a torcida nas horas de derrotas comuns.

Que sentido tem terminar o ano brigando por um título e ao invés de euforia só se fala em “salvar ano”?

Quem dera meus anos todos fossem salvos com um título brasileiro.

Desfrutem. Ser Flamengo não pode ser um peso, mas sim um prazer.

Vê-lo brilhar, lembra? Então…

RicaPerrone

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