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“Maloqueiro e sofredor”?

Fonte: http://www.rankingfutebol.com.br/

Dizem que a torcida do Corinthians é formada pelo “povão”. Assumidamente menos elitizada, a torcida canta nos estádios que é “maloqueira e sofredora”, graças a Deus. Porém, na estréia da Libertadores, não foi isso que ficou registrado em números.

Os 5 brasileiros já fizeram jogos em casa pelo torneio. Todos eles tiveram um público razoável, sem grandes recordes ou decepções. Em virtude do valor dos ingressos, muitos deixaram de ir ao jogo de estréia, menos a Fiel, que diga-se de passagem, teve o ingresso mais caro de todos eles.

A Libertadores é uma verdadeira paixão dos torcedores brasileiros. Quem já conquistou, recorda com saudades e busca repetir. Quem nunca conseguiu, sonha com o título. Isso, para os dirigentes, tem um preço. A maioria dos clubes aumentou o valor dos ingressos para o torneio.

O resultado foi o afastamento de boa parte dos torcedores do estádio no jogo de estréia.

Curiosamente, a chamada “torcida do povão”, a do Corinthians, foi a que pagou mais caro e uma das que mais gente colocou no estádio para ver o time estrear.

O Cruzeiro, que já havia jogado pela “pré-Libertadores”, estreou na fase de grupos contra o Colo-Colo. Foram 32 mil pessoas com renda de 783 mil reais.

O Flamengo colocou apenas 29 mil torcedores, sendo que os ingressos no Maracanã sofreram um aumento considerado alto para a partida.

No Morumbi, 35 mil pessoas foram ver o SPFC estrear, sem aumento.

No Beira-Rio, quase 40 mil pessoas fizeram bom uso do plano de sócio torcedor do Colorado, que ainda assim rendeu 800 mil ao clube.

Veja um comparativo dos preços de arquibancada(central) e numerada para a estréia de cada time e perceba o resultado na renda e no público.

Nota-se uma variação razoável entre o valor sugerido e o ingresso médio final. Mas isso é facilmente explicável.

Alguns clubes venderam pacotes para a Libertadores, dando descontos para quem comprasse carnês para os 3 primeiros jogos.

Outros, fizeram uso de seus “sócios torcedores” para diminuir valores e facilitar as vendas.

E no Maracanã, além do pacote promocional, existe a famosa festa dos que entram sem pagar e outra dose gigantesca de “estudantes”, fenômeno carioca de bilheterias em estádios.

Pelo valor das rendas e dos públicos das estréias, não cabe o rótulo de “maloqueiro” á Fiel torcida.

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